Sepultado ontem 31/01/10 as 8:30 numa cova vertical situada no Conj 40 (7/14) do Cemitério de São Vicente, os dizeres com a data de nascimento e morte talhados no cimento dizem pouco sobre a sua história e menos ainda sobre a sua trajetória militante. A lembrança que tenho deste camarada, se dá não só por sua presença militante em atos, panfletagens e campanhas do Partido, mas principalmente na garra e coragem que marcaram a incansável luta na categoria dos vigilantes da baixada. Uma categoria marcada pelo banditismo da Força Sindical e pela perpétua traição aos trabalhadores da segurança privada em seus acordos coletivos. Contra tudo isso, constantemente ameaçado e há muito com problemas de saúde relacionados a diabetes sua situação piorou, após uma experiência pós-traumática causada por um assalto, que como vigilante, sofreu no Banco do Brasil. Tudo isso não foi obstáculo para que ele se mantivesse firme, presente e dedicado ao que acreditava. O Guaracir afobado, disciplinado, batalhador, e acima de tudo destemido foi uma marca de um trabalhador que não aceitou calado a determinação de sua opressão de classe. Os atributos poderosos presentes de forma simples, transparente e com firmesa de caráter comporão de forma viva em nossa memória, os requisitos da nossa incansável luta por um mundo onde a opressão indeterminada dos patrões seja derrotada. Derrotada por homens e mulheres que assim como o Guaracir desafiaram a sorte do seu destino e ousaram se erguer contra os opressores e seus representantes no meio sindical. Todos nós um dia morreremos e para os querem justiça e buscam, pela luta do povo, superar toda a desigualdade e a imensa miséria causada pela avarenta e desumana exploração dos poderosos, o único conforto é saber que após a nossa morte o nossos camaradas continuarão a luta! E esteja certo camarada! Nós continuaremos! Camarada Guaracir PRESENTE!