Desigualdades

Inflação é maior para famílias mais pobres

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Inflação é maior para famílias mais pobresUSP imagens

Famílias mais pobres, com rendimento domiciliar de até R$ 1.650,50, tiveram uma inflação maior em maio do que famílias de renda mais alta.

Num claro sintoma de injustiça social, as famílias que viveram com até R$ 1.650,50 no mês de maio enfrentaram uma inflação de 0,92%. Em contrapartida, famílias com renda entre R$ 8.254,83 e R$ 16.509,66 tiveram uma inflação de 0,44%.

 

Os dados são do  Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda. Além da discrepância entre o peso da inflação conforme a renda familiar, os dados apontam também que o aumento dos preços segue atingindo todas as classes de renda pesquisadas.

 

Entenda por que a inflação foi maior para famílias mais pobres

A inflação atingiu em cheio famílias mais pobres porque os principais aumentos de preços se concentraram em produtos e serviços básicos. A energia elétrica subiu 5,4% por causa da implementação da Bandeira Vermelha- Patamar 2. Água e esgoto também tiveram alta de 1,6%. No mesmo sentido, o gás de botijão aumentou 1,2%.

 

Por exemplo, na área de transportes, enquanto gasolina e etanol tiveram alta de 2,9% e 12,9%, respectivamente, as passagens aéreas tiveram queda de 28,3%. Os combustíveis impactam o dia a dia das famílias de renda mais baixa, já as tarifas aéreas não.

 

Do mesmo modo, na área de saúde os aumentos seguiram diferentes. Enquanto os mais ricos sofreram com reajustes nos planos de saúde na ordem de 0,67%, os mais pobres sofreram o impacto no aumento de 1,3% nos medicamentos.

 

Em entrevista à Agência Brasil, Maria Andréia Lameiras, autora do estudo e pesquisadora do Grupo de Conjuntura do Ipea, afirmou que o resultado já era esperado. Em outras palavras, a especialista afirma: “A gente já sabia que isso ia pesar mais para as famílias de renda mais baixa. Fora isso, houve um pouco do aumento de medicamentos que bateu de novo em maio. Isso fez com que a inflação dos mais pobres ficasse bem mais alta do que a dos mais ricos”.

Fonte Reconta ai
Postado por Comunicação SEEB Santos e Região em Notícias

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