O Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) anunciou nesta semana uma nova solução para a realização da prova de vida automática. A partir da implementação, aposentados, pensionistas e outros beneficiários da Previdência Social não precisarão mais ir às agências bancárias anualmente comprovar que estarão vivos.

De acordo com o INSS, a obrigação de fazer a prova de vida será do Instituto e acontecerá usando todas as bases de todos os órgãos do governo. Serão feitas buscas nestas bases, nos âmbitos federal, estadual e municipal, além de entidades privadas.

Por meio dos bancos de dados, o INSS poderá saber se o cidadão utilizou o SUS, se tomou vacina, se renovou um empréstimo consignado, se atualizou sua carteira de motorista, se votou em eleições ou se fez qualquer movimentação que conste nos bancos de dados pesquisados. Assim, automaticamente, o INSS poderá conferir se o cidadão está vivo e esta será a única comprovação necessária.

Mesmo que o cidadão não faça nenhuma movimentação nesse sentido, por estar acamado por exemplo, o INSS prevê que não haverá a necessidade de uma comprovação presencial. Por meio de um celular, uma solução de biometria deverá ser utilizada. A ideia é que, nesses casos, seja feita a captura biométrica na casa do segurado.

Ainda de acordo com o INSS, a solução que permitirá a prova de vida automática deverá ser desenvolvida durante todo o ano de 2022 e será finalizada em 31 de dezembro. Somente em 2023 a prova de vida automática estará disponível para todos os beneficiários.

Quem realizará a implementação da prova de vida automática?

Provavelmente, a prova de vida automática deverá ser desenvolvida pela Dataprev, que há 47 anos provê soluções tecnológicas para o INSS, em conjunto com outros detentores de grandes bancos de dados, como o Serpro.

De acordo com um especialista da Dataprev participante da campanha Salve Seus Dados, "esta evolução da prova de vida digital será possibilitada pela expertise da Dataprev em batimentos de cadastros com processamentos de grandes volumes, como o ocorrido com muito sucesso na implementação do auxílio emergencial".

O funcionário que prefere não se identificar, ainda alerta: "Somente empresas públicas podem rapidamente ter acesso a toda essa vastidão de dados mantendo princípios éticos, a segurança e a privacidade das informações dos brasileiros".