Se Liga
Interferências externas voltam a ameaçar a CAIXA
O Conselho de Administração da Caixa Econômica Federal, comandado pela secretária executiva do Ministério da Fazenda, Ana Paula Vescovi, prepara nova mudança no estatuto do banco, que, se aprovado, atingirá diretamente as carreiras dos empregados e ameaçará a função pública e social da instituição.
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O colegiado quer acabar com a prerrogativa dos empregados concursados do banco público ocuparem Diretorias-Executivas, a Diretoria Jurídica e o posto de Auditor-Chefe.
A proposta foi divulgada pelo jornal Correio Braziliense e, segundo o veículo, confirmada por três pessoas que acompanham o tema. Mas a data da próxima reunião do colegiado ainda não foi marcada.
A proposta surge pouco mais de seis meses depois de o movimento dos trabalhadores conseguir barrar a tentativa de mudança no estatuto que pretendia transformar a Caixa em sociedade anônima, consequentemente abrindo caminho para interferência do sistema financeiro no banco, ameaçando sua função pública e social.
Essa proposta nasceu de uma pessoa ligada ao Ministério da Fazenda, um órgão capturado pelo sistema financeiro. Ou seja, é uma interferência política do sistema financeiro no maior banco 100% público com atuação nacional do país.
Querem colocar gente no comando da Caixa que não é empregado de carreira, e por isso não tem ligação com o banco. É uma medida que atinge a todos os bancários.
Anos passado aconteceu um grande movimento de resistência contra a interferência do sistema financeiro da Caixa. Por isso cabem algumas perguntas: por que essa tentativa volta para a pauta apenas alguns meses depois? Quem ganha com a intervenção do sistema financeiro na Caixa? E como o recém empossado presidente da Caixa, Nelson Antonio de Souza, irá se posicionar quanto a essa proposta?”
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A representante eleita dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, Maria Rita Serrano, denuncia que foi excluída do debate, já que até, o momento, o assunto em pauta não foi levado ao seu conhecimento.
“A proposta de que os diretores fossem do tal ‘mercado’ foi vencida no debate em dezembro, quando foi aprovado o novo estatuto, e agora retorna. É uma tentativa evidente para privatizar a gestão e tornar a Caixa um ‘cabidão’ para os aliados da Fazenda. Não vamos permitir que isso aconteça. Vamos lutar”, afirma Maria Rita.
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Fonte SEEB SP, com informações do Correio Brasiliense
Postado por Fabiano Couto em Notícias