A luta é internacional
Intersindical participa do 7º ESNA, no Uruguai
A investida imperialista contra a classe trabalhadora e os povos; A defesa do direito de greve, contra a criminalização da luta social; Os acordos de livre comércio e a ameaça de soberania dos povos; A independência de classe, transformação e luta social foram alguns dos principais temas discutidos no 7º Encuentro Sindical de Nuestra America (ESNA), em Montevidéo, no Uruguai, realizado nos dias 31 de março, 1º e 2 de abril.
Os companheiros da Intersindical Central da Classe Trabalhadora – Ricardo Saraiva Big, Secretário de Relações Internacionais; Arlei Medeiros, Secretário de Finanças; Sammer Siman e Vitor Hugo da Direção Nacional -, participaram do encontro que contou com representantes de 19 países das Américas e do Caribe, além de Reino Unido e Japão.
“O ESNA tem como princípio a construção de um sindicalismo classista internacionalista que defenda projetos nacionais de desenvolvimento com integração e valorização do trabalho na região, com a concepção de uma integração antineoliberal, anti-imperialista com o horizonte na construção do socialista. Esse fórum prima pela construção da unidade latino-americana e caribenha para fazer frente aos ataques capitalistas”, batalha pela viabilização do Banco do Sul e apoia as iniciativas dos BRICS e alternativas que se contraponham ao FMI, Banco Mundial e BID”, explica Ricardo Saraiva Big, secretário de Relações Internacionais da Intersindical Central da Classe Trabalhadora.
“Em todas as exposições ficou claro que o que acontece na América Latina é um fenômeno de ascensão da direita conservadora, que se manifesta de maneiras diferentes com base na realidade de cada país, mas que possui o mesmo objetivo: destruir os ganhos alcançados pela classe trabalhadora nos últimos anos, para ampliar a acumulação e os lucros de setores burgueses”, explica o diretor da Intersindical.
Intersindical passa a integrar coordenação do ESNA
“Nós, da Intersindical, passamos a fazer parte da coordenação do ESNA. Esse fórum além de debates, também tem contribuído imensamente com a formação realizando cursos nos diversos países da América Latina, vamos organizar no Brasil um seminário de uma semana de formação política e conjuntura internacional para ajudar na formação dos nossos quadros da Intersindical”, adiantou Big.
“O principal ataque do capital nesse momento são os Acordos e Tratados de Livre Comércio que só trazem mais desigualdade, pobreza e flexibilização das leis trabalhistas, pois isso o ESNA deliberou a necessidade de reforçarmos o papel das agências integração regional como a UNASUL, CELAC e o Mercosul”, explica.
Golpe no Brasil e ataque contra os direitos dos trabalhadores
No documento do 7º ESNA há um trecho dedicado à situação vivida no Brasil. O texto enfatiza: “O imperialismo usa o discurso da luta contra a corrupção para mascarar o seu verdadeiro objetivo em toda a América Latina e Caribe: apropriar-se dos recursos naturais e diminuir o valor da mão de obra dos nossos trabalhadores”.
“É neste que contexto se reivindica a necessidade de defender a democracia como um direito dos povos. Portanto, rejeitamos com todas as nossas forças a tentativa de golpe de Estado que a oligarquia, a mídia, os meios de comunicação e o Judiciário brasileiro estão levando adiante contra Dilma e Lula.”
A outra face deste avanço sobre os povos é através da “liberalização das economias, a flexibilidade laboral, a fome, a pobreza, o saque dos bens comuns e a destruição dos serviços públicos”.
“Tudo acompanhado por campanhas de perseguição política, promulgação de leis antiterroristas em favor das transnacionais e a recente iniciativa na OIT de desregulamentar o direito de greve do trabalhador, um direito inalienável, o que permite a eles interromper a produção se os seus direitos não forem respeitados”.
“O que está em jogo neste momento é a garantir das liberdades democráticas e dos direitos dos trabalhadores, NÃO AO GOLPE, VAI TER MUITA LUTA”, reforça Big.
Acompanhe abaixo o calendário de lutas deliberado durante o VII ESNA:
19 de abril – Dia de Ação anti-imperialista e de Solidariedade à Venezuela.
18 de maio – Ação conjunta e continental de defesa do direito de greve, como um prólogo do início da Conferência da OIT.
25 de maio- Atividade em defesa da democracia, dos direitos sociais e contra os Tratados do Pacífico e TISA.
Para o 2º semestre de 2016, com datas a serem confirmadas, Jornada de mobilização em defesa da democracia; dos direitos sociais, econômicos e políticos; contra os tratados neocoloniais de livre comércio como o TILSA, o Tratado do Pacífico; contra a criminalização de protestos e do direito à greve.
– Rejeitamos com todas as nossas forças qualquer tentativa por parte dos governos de restringir o direito à greve.
– Preparação de um documento para exigir a retirada das tropas da MINUSTAH da República irmã do Haiti, que se tornou um laboratório de teste para novos protocolos de repressão e ocupação na América e no mundo.
– Exigir a libertação do prisioneiro político porto-riquenho Oscar López Rivera, da companheira guatelmateca Amparo Lotan, dos companheiros paraguaios presos pelo caso Curuguaty e da argentina Milagro Sala, eleita para o Parlasur.
– Exigir a revogação de toda a legislação repressiva antiterrorista, que tem como finalidade a repressão do movimento popular.
– Exigimos Memória, Verdade e Justiça pelo o assassinato da companheira de Honduras, Berta Cáceres, referência na luta pela vida e contra o progresso das empresas em seu país.
Fonte Intersindical Central da Classe Trabalhadora
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