O Grupo Santander teve 2,108 bilhões de euros (US$ 3,1 bilhões) de lucro líquido no primeiro trimestre de 2011, 4,8% menos que os 2,215 bilhões de euros obtidos um ano antes, informou a entidade nesta quinta-feira.
Em comunicado enviado à Comissão Nacional da Bolsa de Valores (CNMV), a entidade reguladora da bolsa espanhola, a companhia destacou que na América Latina, onde atua no Brasil, México e Chile, entre outros países, o lucro foi de 1,27 bilhão de euros, resultado 27% superior. Em valores absolutos, o lucro no Brasil foi de 732 milhões de euros, registrou crescimento de 23%.
Nos três primeiro meses, o resultado do grupo Santander foi inferior a previsão dos analistas consultados pela Efe, mas ficou acima do obtido nos dois últimos trimestres de 2010, o que evidencia "uma mudança na tendência da evolução das receitas", especialmente na Espanha, explica a entidade no comunicado.
Além disso, os números trimestrais demonstram "as enormes vantagens da diversificação geográfica" do grupo, que já obtém 43% de seus lucros na América Latina (25% no Brasil), enquanto na Europa continental 36% e, dentro desta área, Espanha só 13%.
O grupo terminou o primeiro trimestre de 2011 com recursos próprios calculáveis de 78,845 bilhões de euros, excedente de 32,922 bilhões de euros sobre o mínimo exigido.
A taxa de inadimplência foi de 3,61% no fechamento de março, pouco acima de 3,34% de um ano antes, e com uma cobertura de provisões de 71%, inferior a 74% de março de 2011.
A inadimplência desce no Brasil, México e Reino Unido. Os empréstimos somaram 714 bilhões de euros no primeiro trimestre, 4% a mais que em março de 2010, enquanto que os depósitos de clientes chegaram a 621 bilhões, aumento que quadruplicou os créditos, o que fortaleceu sua posição de liquidez.
Na América Latina, o crédito cresceu 22% e os depósitos, 16%. O grupo seguiu expandindo-se neste período, com a incorporação em fevereiro dos 173 escritórios do banco sueco Skandinaviska Enskilda Banken (SEB) na Alemanha, comprados por 555 milhões de euros, embora seu impacto neste trimestre quase não seja imperceptível.
Além disso, o Santander realizou em março a oferta de aquisição do Bank Zachodni WBK na Polônia, ao comprou 95,67% do capital, do qual 70,36% estava nas mãos do banco irlandês Allied Irish Bank (AIB), o que representou um desembolso de 4,139 bilhões de euros.