Não à precarização
Luta contra terceirização também é pela PLR
“A PLR está totalmente ameaçada. Se esse projeto virar lei, não terá mais nada assegurado em outra convenção coletiva, se tiver outra, em uma terceirizada. Se receber alguma coisa será como quando eu era terceirizado, um valor simbólico.”
O comentário preocupado do bancário que já prestou serviços como terceirizado para os bancos retrata exatamente o que pode enfrentar a categoria em relação aos seus direitos conquistados caso o projeto de lei da terceirização seja aprovado pelo Senado. O texto já passou pela Câmara.
A Participação nos Lucros e Resultados é uma das mais importantes conquistas dos bancários, que contam com a PLR desde 1995.
O trabalhador entrevistado mal comemorou seus três anos como bancário e já teme voltar para uma empresa precária. “Como bancário, a PLR, fruto do meu trabalho, facilitou a compra do meu carro. Este ano vou usar novamente, agora para quitar o financiamento. Se eu ainda fosse terceirizado demoraria anos pra poder realizar a compra do meu primeiro automóvel”, conclui.
Como funciona?
Atualmente, a PLR representa 90% do salário base mais R$ 1.837,99, limitado a R$ 9.859,93. Se o total distribuído a todos os funcionários não atingir 5% do total do lucro líquido de 2014, o valor individual deve ser aumentado até alcançar 2,2 salários, limitado a R$ 21.691,82, ou até que atinja os 5%. Ela é paga em duas parcelas: a antecipação representa 54% do salário, acrescido de R$ 1.102,79, limitado a R$ 5.915,95 ou ao teto de 12,8% do lucro líquido do banco no 1º semestre, o que ocorrer primeiro, e é paga em até 10 dias após a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Os bancários também têm direito ao adicional da PLR, que equivale à divisão linear de 2,2% do lucro líquido apurado em 1º de setembro de 2014 pelo total de empregados, limitado a R$ 1.837,99 por funcionário.
O que fazer?
Quer lutar pelos seus direitos e contra a precarização do trabalho? É fácil. Converse com seus colegas de trabalho e com sua família sobre o projeto de lei que tramita no Senado. Mobilize o máximo de pessoas para protestar contra o projeto defendido por empresários. Pode ser nas ruas e também nas redes sociais.
Escrito por: SEEB São Paulo
Fonte SEEB São Paulo
Postado por Fabiano Couto em Notícias