Precarização do emprego

Metade dos empregos é precário, com salários baixos e sem direitos

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Metade dos empregos é precário, com salários baixos e sem direitosSEEB RJ/Ilustração Edu

Bolsonaro disse e cumpriu a promessa da retirada de direitos, obstáculos para a aposentadoria e diminuição de salário. O futuro é sombrio para os mais jovens caso não revertamos a situação

Não é propriamente uma surpresa. Em campanha eleitoral em 2018 o então candidato Jair Messias Bolsonaro avisou que, se ganhasse a eleição, o povo brasileiro teria de escolher: é emprego sem direitos ou manutenção de direitos sem emprego. Essa lógica que aprofunda a recessão econômica e que agrada a maior parte do empresariado nacional é repetida e praticada cotidianamente pelo ministro da Economia Paulo Guedes.

 

O resultado não poderia ser pior para os trabalhadores: quase metade, 49,3% da população ocupada no Brasil está no mercado informal, vivendo em trabalho precário, sem direitos trabalhistas e proteção social, baixa estabilidade e altíssima rotatividade, renda baixa e sequer com garantia de aposentadoria pelo INSS. O índice deste tipo de ocupação é o maior desde 2016, segundo dados da Consultoria IDados, divulgado nesta quarta-feira (29), pelo jornal O Globo.

 

Nas ruas das grandes cidades, como no Rio e São Paulo, essa triste realidade é visível à olhos nus: as calçadas tomadas de camelôs e um grande número de lojas fechadas.

 

Com o avanço da vacinação – apesar da contrariedade do presidente Bolsonaro – e a demanda repremida em função da pandemia da Covid-19, o país começa a abrir mais vagas, resultando na queda do desemprego de 13,7% para 12,1%. No entanto, o trabalho gerado é precário, elevando ainda mais a exploração do capital sobre os trabalhadores no país.

 

Renda cai

Até setembro, 36,4% dos ocupados recebeu até um salário mínimo. Em 2019, eram 29,2%. Já o índice dos que ganham mais de dois salários mínimos caiu de 35,1% (2019) para 28,8%. Com salários menores, a renda média do brasileiro despenca, caindo 11,1% em relação ao mesmo período do ano passado (auge da pandemia). É o pior resultado desde 2021. Ou seja, os brasileiros estão mais pobres e com a queda do poder de compra das famílias, o Brasil mergulha ainda mais na recessão econômica.

 

A continuidade do projeto ultraliberal de Guedes ameaça criar um futuro de milhões de idosos na miséria e nas ruas. É que, sem direitos previdenciários, com o envelhecimento, essa população não terá renda alguma para sobreviver no final de suas vidas.

Escrito por: Carlos Vasconcellos com edição da comunicação do SEEB de Santos e Região
Fonte SEEB do RJ
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias

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