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Morre Didi, grande militante dos bancários e da classe trabalhadora
O dirigente sindical bancário Dirceu Travesso, o Didi, morreu dia 16 de setembro. Didi lutava há cinco anos contra o câncer e estava internado há mais de um mês. Ele começou sua militância no final da década de 1970 e participou das principais lutas da categoria bancária e da classe trabalhadora .
Sindicalista militante dos bancários e da classe trabalhadora foi dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região nas décadas de 1980 e final de 1990 e participou da direção executiva da CUT. Deixou a Central para fundar o PSTU e a Conlutas, onde atuou até o fim dos seus dias.
Internacionalista
Bancário, foi parte do ascenso de lutas da classe trabalhadora, sendo incansável nas greves e mobilizações de várias categorias. Internacionalista, dedicou-se a compartilhar experiências com sindicalistas de várias partes do mundo, ciente de que a classe trabalhadora não tinha fronteiras. Sempre generoso e marcante no convívio com as diferentes visões no campo da esquerda, nunca deixou de entregar suas melhores forças para a luta dos trabalhadores e pelo socialismo.
“O camarada Didi dedicou sua vida à classe trabalhadora, ao socialismo e aos movimentos sociais. Infelizmente perdemos para a doença um atuante e grande militante da esquerda brasileira”, afirma Ricardo Saraiva Big, Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região; e Secretário de Relações Internacionais da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora.
Uma história de militância
Didi nasceu em Flórida Paulista (SP) em 24 de fevereiro de 1959. Começou sua militância em 1977, na Universidade Federal de São Carlos e participou da fundação do PT e da CUT. Foi um dos fundadores do PSTU, (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado) do qual fez parte da direção nacional. Também era membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, central sindical da qual foi um dos mentores.
Desde 1998 e mesmo doente atuava pela construção e fortalecimento da Rede Internacional de Solidariedade, que liga sindicatos de todo o mundo. Foi demitido pelo governo de José Serra em maio de 2008, quando era funcionário da Nossa Caixa. O movimento sindical, inclusive os diretores do Sindicato de Santos e Região, participou de diversas mobilizações pela readmissão e ingressou com ação judicial que reintegrou o bancário e dirigente sindical em setembro de 2009. Nos últimos anos Didi era caixa no Banco do Brasil que incorporou a Nossa Caixa.
Nota do PSTU
Um camarada que dedicou toda sua vida à causa dos trabalhadores, à luta pela revolução socialista no Brasil e em todo mundo. Um camarada de luta de todos os dias, que já está fazendo falta e de quem sentiremos saudades imensas.
Fonte Gustavo Mesquita com informações da Rede Brasil Atual e SEEB dos Bancários de São Paulo
Postado por Fernando Diegues em Notícias