Covid-19

MP de Bolsonaro copia cartilha de empresários e descarta trabalhadores

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MP de Bolsonaro copia cartilha de empresários e descarta trabalhadoresJorge Araujo / Fotos Publicas

Medidas, como a MP 927, são baseadas em pedidos da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e atacam quem realmente faz a economia girar: a classe trabalhadora

Redução salarial, suspensão de contratos de trabalho, antecipação de férias. Essas são algumas das “ideias” apresentadas pelo governo Bolsonaro em resposta aos problemas e a necessidade de combater o novo coronavírus (Covid-19). Ações que vão na contramão de  vários países, que estão adotando medidas anticíclicas. Algumas nações, inclusive, assumindo o salário da classe trabalhadora para que ela fique em casa, suspendendo o pagamento de aluguel, água, luz e gás, além de ajudar o micro, pequeno e médio empresários.

 

Por trás de boa parte do ideário governamental está a Confederação Nacional das Indústrias (CNI). Com discurso de desejo de salvar a economia, os grandes empresários aproveitam a irresponsabilidade de Bolsonaro, que minimiza a pandemia, para garantir a manutenção de seus lucros sempre crescentes.

 

Só neste mês, representantes da CNI participaram de seis reuniões com membros do Ministério da Economia. De 13 propostas indicadas na “cartilha” da CNI, o governo já atendeu 11, total ou parcialmente. E as outras duas não foram rejeitadas, mas encaminhadas para estudo.

 

A preocupação real deles não é com o pequeno empresário nem com os trabalhadores, apenas com seus bolsos. Ao mesmo tempo, o governo não chama as centrais sindicais para dialogar e buscar soluções que ajudem de fato a maioria da população.

 

Renda Básica emergencial

Não a toa foi necessária muita pressão para que nesta quinta-feira, 26, a Câmara dos deputados aprovasse a Renda Básica emergencial para trabalhadores vulneráveis. Trata-se de um auxílio que vai variar entre R$ 600,00 e R$ 1.200,00 (o maior valor é para famílias chefiadas apenas por mulheres). O governo Bolsonaro falava inicialmente em pagar apenas R$ 200,00 para alguns poucos trabalhadores.


 
Por isso, mesmo separados fisicamente (siga o que orientam as autoridades de saúde e fique em casa!), é fundamental que todos os trabalhadores e trabalhadoras mantenham a pressão para que governo e grandes empresários não aproveitem a pandemia para atacar ainda mais a maioria da população!


 
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Saiba mais no vídeo >>>

Edson Índio conversa com Hugo Melo Filho, sobre Direitos trabalhistas em tempos de pandemia. Hugo Melo é Juiz do Trabalho, Doutor em Ciência Política, Professor de Direito do Trabalho da UFPE.

 

Fonte Comunicação Seed Santos e Região com Folha de SP e Contraf
Postado por Comunicação SEEB Santos e Região em Notícias

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