Coronavírus
Mundo sofre com escassez de máscaras. Veja quem realmente precisa!
Pessoas sem sintomas respiratórios, como tosse, não precisam usar máscara médica. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o uso de máscaras para pessoas com sintomas de Covid-19 e para aqueles que cuidam de indivíduos com sintomas, como tosse e febre. O uso de máscaras é crucial para os profissionais de saúde e as pessoas que cuidam de alguém (em casa ou em um estabelecimento de saúde). A OMS recomenda o uso racional de máscaras médicas para evitar o desperdício desnecessário de recursos preciosos.
As maneiras mais eficazes de proteger a si e aos outros contra a Covid-19 são evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas, realizar lavagem frequente das mãos, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir, evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca, Higienizar as mãos após tossir ou espirrar, não compartilhar objetos de uso pessoal, manter os ambientes bem ventilados, evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença e evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
Diretor Geral da OMS avisou sobre a falta de máscaras
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor geral da OMS avisou ao mundo sobre a falta de máscaras e o aumento dos preços dos equipamentos de proteção, em 4 de março de 2020, por conta do acúmulo das pessoas e o abuso do comércio. Muitos profissionais que estão na linha de frente da assistência aos infectados estão sendo contaminados e indo a óbito.
Médicos catarinenses lançam campanha: Máscara para todos, faça a Sua!
A Associação Catarinense de Medicina, regional de Concórdia, lançou ontem dia 31, com apoio de diversos médicos o projeto Máscara para todos, faça a sua. O objetivo da ação é incentivar a população a fazer e usar suas máscaras, conforme pesquisas recentes, elas ajudam a evitar a transmissão do Coronavírus.
"Até então, era aconselhável apenas para doentes e pessoas da área médica, porque há uma carência muito grande desses materiais, os EPIs. Então se aconselhava a não usar. Nos últimos dias, porém tem saído recomendação em revistas mostrando que se toda a população usar uma máscara diminui a circulação do vírus", explica o médico Luiz Bernardi, que encabeça o projeto em Concórdia.
O médico comenta que a falta de máscaras é uma realidade em todo o mundo. Por isso, a recomendação é que cada pessoa faça a sua em casa, com tecido que se utiliza no dia a dia. "Tecido de algodão ou malha, de camiseta que tem em casa. De preferência colorido para tirar o estigma da máscara conhecida de gente doente. Com água e sabão dá para lavar, também água sanitária. E ferro quente, que esteriliza. Tendo duas delas, você sai um dia com uma, um dia com outra".
"A função da máscara comunitária é evitar de, sempre que a gente fala, emitir partículas. O vírus sai com essa partícula, até por isso se pede afastamento de 1,5 metro. Quando se tosse, vai até seis metros. Quando se espirra até 10 metros. 80% das pessoas são assintomáticas e transmissoras do vírus. Então, você usar uma máscara, vai evitar a emissão dessas gotículas", argumenta ele.
O médico reconhece que existe certo preconceito com a utilização das máscaras e é preciso mudar esta concepção. "Nos países asiáticos, é comum se utilizar máscaras. Mas aqui, existe um estigma. E é isso que queremos mudar. Por isso usar coloridas", destaca.
"Quando se propaga o isolamento social é para o achatamento da curva. Como se faz isso: distanciando as pessoas, uso abusivo de água e sabão, e álcool em gel. E agora com a máscara comunitária, baseado em pesquisas de médicos do Japão e da China", finaliza.
Fonte Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), Organização Mundial da Saúde e www.96fm.fm.br/noticias
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias