O Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban voltam à mesa de negociações da Campanha Salarial 2012 na terça-feira, 21, e na quarta-feira, 22, em São Paulo. Na pauta estarão as reivindicações sobre segurança bancária, igualdade de oportunidades e remuneração.
Por enquanto, o único avanço foi o fato de os bancos assumirem o compromisso de manter os salários dos bancários afastados que aguardam perícia médica até que seja regularizada a situação junto ao INSS.
A Fenaban recusou as demais reivindicações apresentadas pelos bancários, como mais contratações, fim da rotatividade, aplicação da Convenção 158 da OIT – que proíbe demissões imotivadas – e fim das metas abusivas, entre outras.
O que será negociado na terceira rodada
As negociações começam na terça-feira pelo tema segurança bancária, com destaque para reivindicações como a proibição da guarda das chaves e acionadores de alarmes para evitar sequestros, fim do transporte de numerário por bancários, instalação de equipamentos e medidas de prevenção contra assaltos, sequestros e extorsões, emissão obrigatória de BO com cópia aos sindicatos, estabilidade ao empregado vítima desse tipo de violência, além de adicional de risco de morte de 30% do salário para quem trabalha em agências, postos e áreas de tesouraria.
Os bancários também buscam avanços na promoção da igualdade de oportunidades e de tratamento, por meio da democratização do acesso, garantindo que mulheres, negros, indígenas, homoafetivos e pessoas com deficiência tenham igualdade de condições de contratação, ascensão profissional e remuneração. Outra medida é a eliminação de quaisquer práticas discriminatórias nos bancos.
Entre as reivindicações sobre remuneração estão reajuste salarial de 10,25% (inflação projetada de 4,97% + 5%), PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos, piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese, plano de cargos e salários para todos os bancários, auxílio-educação para graduação e pós-graduação, auxílio-refeição e vale-alimentação, sendo cada benefício no valor do salário mínimo (R$ 622,00).