EDITORIAL
Nossa luta é pelo trabalhador(a) e a democracia
A diretoria do Sindicato não apoia o governo Dilma, o PT, como nenhum governo estadual ou municipal. Muito menos partidos políticos. O único interesse ou objetivo desta diretoria é a defesa dos direitos da categoria bancária e dos trabalhadores.
Saímos às ruas contra o projeto de terceirização, os ajustes fiscais que retiram recursos da saúde e educação, contra as MPs 664 e 665 que retiram direitos previdenciários, a Reforma da Previdência, entre outros. Todos estes ataques por imposição do empresariado nacional e internacional.
Com a crise internacional desde 2008 e que hoje se abate sobre o Brasil, mais do que nunca estes empresários têm de garantir seus lucros. Para continuar ganhando é necessário rebaixar direitos e salários dos trabalhadores. Um exemplo é a declaração de Benjamin Steinbruch, dono da CSN, de que o trabalhador não precisa de 1 hora de almoço, bastam 15 minutos comendo com a mão esquerda enquanto opera a máquina com a direita.
Para os empresários é imperioso se aprofundar na retirada da CLT, terceirizar as atividades fim que atinge frontalmente a categoria bancária, o aumento da idade mínima para a aposentadoria e vários outros direitos. O que vai precarizar a situação da classe trabalhadora. Tudo expresso no Programa Ponte Para o Futuro.
Para tomar o poder não se faz mais necessário o uso de tanques e tropas nas ruas. Utilizam-se do uso massivo dos meios de comunicação para alimentar um processo de desprestígio por meio de uma série de acusações, a cumplicidade de alguns juízes, como é o exemplo de Sérgio Moro, que escolhe quem terá as escutas vazadas para os meios de comunicação e um congresso corrompido e comprometido com os interesses da Fiesp e dos bancos que financiaram suas campanhas. Dilma utilizou procedimentos que outros governos anteriores também aplicaram e não sofreram nenhum tipo de sanção por isso. Contra ela, bastou isso para justificar um pedido de impeachment. Isso é, abertamente, um golpe de Estado brando.
Esse projeto tem alguns objetivos estratégicos: o controle dos nossos recursos naturais e, como já disse Michel Temer, a privatização das empresas estatais. Esse é o objetivo do golpe de Estado. Caso ele se consume, o país terá um governo que não foi eleito pelo povo, que ficará marginalizado da ação democrática. Como ocorreu em Honduras e no Paraguai, isso terá como consequência uma forte repressão aos movimentos sociais. Essa é a lógica da imposição de uma política regressiva: provocar situações de conflitos sociais e usar a forma repressiva para conter esses conflitos. Já há uma lei antiterrorista aprovada pelo Congresso, como aconteceu em quase todos os países.
Portanto, um eventual governo Temer tem como principal objetivo entregar nossas riquezas e retirar todos os direitos conquistados com muita luta, inclusive mortes, pela classe trabalhadora.
Fonte SEEB Santos
Postado por em Notícias