Depois de nove dias de greve, os bancários farão uma passeata, nesta quarta-feira, 26/09, no centro de Santos, com concentração no Santander da Pça. Mauá, a partir das 15h.
Logo em seguida, às 18h, caso haja proposta dos bancos, farão assembleia, na sede do Sindicato, Av. Washington Luiz, 140, em Santos.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) enviou ofício pedindo a retomada das negociações ao Comando Nacional dos Bancários, que acontecerá nesta terça-feira, 25, em São Paulo, a partir das 16h.
Iniciada dia 18 de setembro, depois da suspensão das negociações por parte dos bancos, o movimento já paralisou cerca de 10 mil agências em todo o país. Em Santos 90% das 101 agências estão paralisadas. Nas cidades de São Vicente, Guarujá, Praia Grande e Cubatão foram paralisadas 85% de unidades. A média de paralisação na Baixada é de 70% das 270 unidades bancárias.
“Após nove rodadas de discussões e o abandono da mesa por parte dos bancos, o jeito foi entrar greve. Os sete maiores bancos, que exploram o mercado financeiro do país, lucraram juntos R$ 25,8 bilhões nos seis primeiros meses do ano. Porém, oferecem uma contra proposta de míseros 6%. O setor financeiro brasileiro é o que mais lucrou. Está acima dos setores têxtil, metalúrgico e petrolífero”, afirma Ricardo Saraiva Big, Presidente do Sindicato dos bancários de Santos e Região.
Ninguém lucra mais que os bancos no Brasil
Os seis maiores bancos (Itaú, Bradesco, BB, Caixa, Santander, HSBC e Safra) embolsarem um lucro líquido, somente no primeiro semestre de 2012, de R$ 25,8 bilhões. Sendo o setor que mais lucrou no país, acima do metalúrgico, têxtil e petrolífero.
As principais reivindicações
* Reajuste salarial de 10,25%.
* PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.
* Piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38).
* Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários. * Auxílio-educação para graduação e pós-graduação.
* Auxílio-refeição e vale-alimentação, cada um igual ao salário mínimo nacional (R$ 622,00).
* Emprego: aumentar as contratações, acabar com a rotatividade, fim das terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe demissões imotivadas) e ampliação da inclusão bancária.
* Cumprimento da jornada de 6 horas para todos.
* Fim das metas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários.
* Mais segurança nas agências e postos bancários.