Agressão nas mulheres

Pesquisa revela pandemia de violência doméstica

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Pesquisa revela pandemia de violência domésticaMarcelo Camargo/Agência Brasil

Levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revela agravamento da violência doméstica durante a pandemia: já são 17 milhões de mulheres agredidas em 12 meses

Perda de emprego, falta de autonomia financeira e diminuição da renda familiar por causa da pandemia de Covid-19 impactaram na vida das mulheres brasileiras de um modo perverso.

 

Conforme a pesquisa encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança
Pública ao Instituto Datafolha, houve crescimento no número de mulheres que relatou ter sofrido violência doméstica. Na mesma pesquisa realizada em 2019, essa era a situação de 42% das mulheres. Hoje, 48,8% das mulheres pesquisadas relataram ter sido vítimas do crime.

 

Contudo, o número de mulheres que denunciou seu agressor foi pequeno. De acordo com os dados, apenas 11,8% denunciaram em uma delegacia da mulher e 7,5% em uma delegacia comum. Já 7,1% procuraram a Polícia Militar por telefone, discando 190, e 2,1% ligaram para a Central
de Atendimento à Mulher (Ligue 180).

 

Nem só os cônjuges são autores de violência doméstica

“Além dos parceiros e ex-parceiros íntimos, verificamos a presença de outras figuras familiares entre os principais autores da violência, como pais e mães, padrastos e madrastas, filhos e filhas, indicando que, cada vez mais, a violência ocorre no núcleo familiar”, aponta Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

 

Nesse sentido, a pesquisa apurou que 25,4% dos agressores foram cônjuges/companheiros/namorados e 18,1% ex-cônjuges /ex-companheiros/ex-namorados, formando maioria. Porém, há presença de familiares nas agressões, com 11,2% de pais/mães, 4,9% de padrastos e madrastas (4,9%), 4,4% de filho e filhas.

 

Queda da violência contra a mulher nas ruas

Ao contrário da violência sofrida pelas mulheres dentro de casa, houve uma diminuição dos casos nas ruas. Tal fato é creditado pela pesquisa às medidas de isolamento social, cujo resultado foi a menor circulação de pessoas pelas cidades.

 

Se na pesquisa anterior, de 2019, 29,1% das mulheres relataram ter sofrido violência, na pesquisa atual o número diminuiu para 19,1%. Entretanto, certos padrões se mantiveram. Entre eles, a idade das vítimas. Mulheres de 16 a 24 anos formam a maioria entre as agredidas nas ruas, (35,2%). Em seguida vem mulheres de 25 a 34 anos (28,6%); 35 a 44 anos (24,4%); 45 a 59 anos (18,8%) e acima de 60 anos (14,1%).

 

Os principais tipos de violência doméstica relatados

Violência psicológica e patrimonial não foram objeto do estudo. Em contrapartida, a pesquisa se focou nos seguintes tipos de agressão:

 

- Agressão física (com tapas, socos ou chutes) acometeram 4,3 milhões das mulheres brasileiras (6,8%);
 

- Ofensa verbal (insultos e xingamentos), 13 milhões (18,6%);
 

- Ameaças de violência física (tapas, empurrões ou chutes), 5,9 milhões (8,5%);
 

- Ofensas sexuais ou tentativas forçadas de manter relações sexuais, 3,7 milhões (5,4%);
 

- Ameaças com armas 2,1 milhões (3,1%);
 

- Espancamento ou estrangulamento, 1,6 milhão (2,4%).

Escrito por: Renata Vilela
Fonte reconta aí
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias

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