Leilão da Lotex
Privatização de loterias atinge programas sociais
Em 2017, as loterias Caixa registraram, de forma global, arrecadação próxima a R$ 14 bilhões. Quase metade (48%) desse montante foi destinado a cultura, educação, esporte e segurança. Com a privatização das Loterias (Lotex) esses recursos serão reduzidos para apenas 16,7%.
As privatizações de Pedro Guimarães, não param por aí, sócio do banco de investimento Brasil Plural, o presidente da Caixa deve vender áreas rentáveis de cartões de crédito e seguros. Sua missão é ‘privatizar o que for possível’, vender ativos, reduzir o papel do Estado.
“A Caixa precisa continuar sendo o banco da habitação, do FGTS, do saneamento básico, dos repasses sociais das loterias e dos programas sociais”, explica Larissa Cunha, dirigente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e empregada da Caixa.
Leilão da Lotex será hoje 28/5
O leilão da venda da Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex) acontece hoje dia 28/5, em São Paulo.O governo quer entregar a Lotex de qualquer forma. O leilão foi adiado por seis vezes. Quando apareceu um interessado resolveram fazer o leilão o mais rápido possível.
De acordo com o balanço do banco público, de 2011 a 2016 as loterias da Caixa arrecadaram R$ 60 bilhões. Desse total, R$ 27 bi foram destinados para áreas sociais. Apenas em 2016, as loterias operadas exclusivamente pela Caixa arrecadaram R$ 12,9 bilhões, dos quais R$ 4,8 bi foram transferidos para programas sociais. Desse total, 45,4% foram direcionados para a seguridade social, 19% para o Fies, 19,6 % para o esporte nacional, 8,1% para o Fundo Penitenciário Nacional 7,5% para o Fundo Nacional de Cultura 7,5% e 0,4% para o Fundo Nacional de Saúde.
Entrega do patrimônio
O valor a ser arrecadado pelo leilão também caiu muito. Em 2016 especulava-se em até R$ 4 bilhões; no primeiro edital, em 2017, com concessão de 25 anos, o valor mínimo estava em quase um 1 bilhão. Agora a expectativa é de arrecadar R$ 642 milhões com o pagamento da outorga em três anos, concessão por 15 anos e parcelamento em 4 vezes, uma verdadeira liquidação do patrimônio brasileiro.
Defesa dos Bancos Públicos, empregos e direitos
Precisamos impedir o fatiamento da Caixa e a venda dos bancos públicos, que ameaçam empregos e, sobretudo, o desenvolvimento social do país. Por isso, iremos todos juntos participar da greve-geral, no dia 14 de junho.
Fonte Comunicação do SEEB de Santos e Região e Contraf
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias