Síndrome do pânico
Qual a diferença entre síndrome do pânico e ansiedade?
Opinião de profissionais sobre síndrome do pânico e ansiedade
Por Luiz Gustavo Gonçalves Canuto - PSICANÁLISE E PSICOLOGIA - CRP 36620/MG
A síndrome do pânico é um tipo específico de transtorno dentro dos quadros ansiosos. Costuma ocorrer em crises, isto é, vêm "do nada" e de forma muito intensa.
A ansiedade é um estado mais constante, portanto é um estado menos sujeito a variações, altos e baixos e crises, que a síndrome do pânico. Resumindo, a principal diferença está nas gradações, no modo como a ansiedade se distribui. É importante ressaltar que um quadro ansioso pode evoluir para um quadro de pânico e vice-versa e que além disso são transtornos graves e que trazem muito sofrimento para quem os porta, sendo assim um tratamento psicoterápico (em alguns casos aliado ao tratamento psiquiátrico e o uso de psicofármacos) é altamente indicado.
Por Jessye Cantini - PSICOLOGIA - CRP 05/40442/RJ
A ansiedade é um sentimento comum a todas as pessoas, que aparece quando nos vemos ameaçados física ou psicologicamente por algo que ainda não aconteceu - é uma forma de nos prepararmos e nos anteciparmos a possíveis resultados negativos. A ansiedade em si não é problemática, mas o excesso dessa emoção pode gerar prejuízos na qualidade de vida, caracterizando um transtorno de ansiedade. O transtorno do pânico (TP) é um desses transtornos.
O TP se caracteriza pela ocorrência de ataques de pânico recorrentes, que podem ser espontâneos (ou seja, inesperados) ou situacionais (como ter que fazer algo que a pessoa já tinha muito medo antes - por exemplo, andar de avião com medo de voar). Os ataques de pânico geralmente duram de 5 a 15 minutos, mas são extremamente desconfortáveis. A pessoa experimenta sensações físicas como aumento dos batimentos cardíacos, alteração na respiração (pode dar tonteira e/ou sensação de falta de ar), tensão muscular (podendo ter tremores), sensações de calor ou calafrio, sudorese e boca seca, entre outros. Durante o ataque, o indivíduo também sofre com pensamentos como "vou morrer", "vou enlouquecer", "vou perder o controle" e/ou "vou ter um ataque cardíaco".
Como os ataques de pânico são experiências aterrorizantes, a pessoa que desenvolve o TP passa a temer as sensações que lembrem um ataque ou que possam desencadear um - o que a leva a evitar muitas situações e atividades. Daí, ela pode desenvolver um outro quadro muito comum, chamado agorafobia. Esta, por sua vez, se caracteriza pela evitação de frequentar lugares ou situações em que a pessoa julgue que a saída ou o socorro são muito difíceis ou inacessíveis.
Em suma, a ansiedade patológica está no cerne do transtorno do pânico. Porém, a ansiedade em si é um sentimento que todos temos em algum nível, e que é necessário para nossa vida. Se a ansiedade passa dos limites e começa a atrapalhar a vida, deve-se buscar por um psicólogo e/ou um psiquiatra.
Síndrome do pânico mata?
Dr. Ivan Mario Braun - PSIQUIATRIA - CRM 57449/SP
O transtorno de pânico traz várias sensações extremamente desagradáveis, como aperto no peito, falta de ar, palpitações, tremores, calafrios, tonturas, náuseas. Não é raro que a pessoa sinta que vai morrer, cada vez que tem uma crise. Entretanto, o transtorno de pânico, por si só, não traz riscos de vida.
Em alguns casos isolados, os mecanismos de ansiedade envolvidos na crise podem piorar algum problema cardíaco pré-existente e, com isto, constituir algum risco. Entretanto, habitualmente não é isto o que ocorre.
Se a pessoa tiver dúvidas, sempre poderá consultar um clínico para constatar se, além das crises de pânico, ela tem algum outro problema associado.
Palestra do CVV: Apoio Emocional e Prevenção do Suicídio
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Fonte Comunicação do SEEB de Santos e Região
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias