Pandemia

Reflexo das demissões deixa funcionárias do Santander com mais sobrecarga de trabalho

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Reflexo das demissões deixa funcionárias do Santander com mais sobrecarga de trabalho

Bancárias denunciam que mesmo ciente da crise do coronavírus, Santander impõe cobranças por metas cada vez mais agressivas; trabalhadoras se veem obrigadas a assumir funções sem terem cargos executivos nem remuneração compatível

Em meio à pandemia de coronavírus e às demissões ocorridas no Santander, as bancárias estão sendo as mais penalizadas pelo banco espanhol no Brasil.

 

>> Sindicato indica: NÃO ASSINE o Termo LGDP do Santander

 

Embora correspondam a 59% do quadro de funcionários no país, trabalhadoras têm denunciado ao movimento sindical as pressões para o cumprimento de metas e a sobrecarga de trabalho.

 

Elas relatam também que mesmo o banco ciente das condições adversas impostas por conta do isolamento social, muitas ainda precisam enfrentar desafios diários para conciliar trabalho com ausência de escola para os filhos.

 

>> Santander quer obrigar bancários a cederem direitos de imagens e dados pessoais

 

As mulheres, em geral, já são as mais prejudicadas duplamente por conta das jornadas diárias. E quando se tem filho, esse desafio é ainda maior. Além de todas as preocupações, elas ainda não têm onde deixar os filhos por conta das escolas fechadas. Somada a essa preocupação, precisam dar conta da cobrança desumana para o cumprimento de metas. Apesar da crise mundial, o banco teve resultado expressivos em sua lucratividade, que chegou a R$ 3,853 bilhões no primeiro trimestre deste ano, o que não justifica as demissões, nem a sobrecarga e muito menos a cobrança excessiva de metas.

 

A maioria das bancárias não ocupa cargos executivos dentro da instituição sem remuneração compatível, contribuindo com o lucro. O movimento sindical entrou em contato com o banco, que informou que as demissões fazem parte de processo de rotatividade e que ao mesmo tempo tem realizado contratações.

 

Demissões


Em março, o Santander havia se comprometido publicamente, em mesa de negociação com o movimento sindical, a suspender as demissões que poderiam estar em andamento e a não demitir enquanto a pandemia perdurar no país.

 

Passados 60 dias, o banco voltou atrás e descumpriu o acordo. São Paulo corresponde a 60% do total das demissões no Brasil.

 

>> Santander sempre na contramão da prevenção e direitos do trabalhador

Escrito por: Redação Spbancarios
Fonte Sindicato dos Bancários de SP - 21/07/2020
Postado por Comunicação SEEB Santos e Região em Notícias
Atualizado em: 27 de julho de 2020

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