Aposentadoria das mulheres
Reforma da Previdência retirou aposentadoria de 100 mil mulheres
Antes da reforma, em 2019, 385 mil mulheres se aposentaram por tempo de contribuição. Depois da reforma, apenas 293 mil mulheres conseguiram esse tipo de aposentadoria
Nos primeiros anos do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL), pai da Reforma da Previdência, que tirou o direito de aposentadoria de milhões de brasileiros, o país registrou uma queda de pelo menos 100 mil aposentadorias por tempo de contribuição para mulheres.
Em 2019, um total de 385 mil mulheres se aposentaram por tempo de contribuição. Já em 2020, apenas 293 mil mulheres conseguiram aposentadoria por meio do critério de tempo de contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A Emenda Constitucional da reforma da Previdência foi promulgada em sessão solene, no Congresso Nacional, no dia 12 de novembro de 2019. A PEC 6/2019 da Presidência da República foi apresentada ao Congresso em fevereiro e tramitou durante oito meses. O objetivo, segundo o governo, era reduzir o déficit nas contas da Previdência Social. Para isso, era preciso cortar o benefício dos trabalhadores e trabalhadoras. Conseguiriam, assim, economizar cerca de R$ 800 bilhões em 10 anos. Pelo menos 100 mil trabalhadoras brasileiras já estão pagando a conta.
Em 2019, as mulheres participavam com 40,5% do total das aposentadorias por tempo de contribuição, enquanto que entre os homens a participação era de 59,5%. Além do baque da pandemia, que gerou desemprego, houve os reflexos da reforma previdenciária em que a participação das mulheres foi de 35,2% e para os homens de 64,8%.
A reforma neoliberal da previdência atacou principalmente as mulheres, os mais pobres com menos contribuições previdenciárias, jovens e trabalhadores menos qualificados. As regras mais rígidas foram construídas para atingir em cheio os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros e desviar o dinheiro da previdência para interesses do governo.
As mulheres, que se aposentariam com 30 anos de contribuição, agora precisam esperar até os 62 anos de idade. Isso em contar as regras da transição da reforma que cortam parte da contribuição, que anteriormente seriam maiores.
Fonte CUT Brasil com edição da comunicação do SEEB de Santos e Região
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias
Atualizado em: 20 de maio de 2021