Com lucro líquido de R$ 7,755 bilhões em 2011, o Santander Brasil consolida uma participação de 28% no lucro mundial da instituição. A cifra representa crescimento de 5,1% em relação a 2010, conforme balanço pelo padrão internacional, divulgado na manhã desta terça-feira (31).
De acordo com os dados, a carteira de crédito ampliada do banco fechou o ano em R$ 208,9 bilhões, alta de 4,8% ante o terceiro trimestre e de 21,3% em 12 meses. Os ativos totais somaram R$ 400 bilhões em dezembro, o que reflete elevação de 6,7% frente aos R$ 374,663 bilhões do final de 2010.
O banco fechou o quarto trimestre com patrimônio líquido final de R$ 78,032 bilhões, alta de 1,4% ante os R$ 76,992 bilhões do terceiro trimestre de 2011 e de 6,4% ante os R$ 73,364 bilhões do final de 2010.
No período, o lucro mundial da instituição foi de 5,35 bilhões de euros (US$ 7 bilhões), o que representa uma queda de 35%, decorrente de provisões adicionais contra a deterioração de ativos imobiliários, face à atual crise financeira enfrentada pela Europa e EUA.
Dessa cifra, a América Latina, liderada pelo Brasil, responde por 51% do lucro do grupo. Na região, o banco faturou 4,6 bilhões de euros. Neste mesmo período, todas as margens do negócio aumentaram na região, principalmente, os juros, que alcançaram 16,4 bilhões de euros, 12,2% a mais que no ano anterior. A margem bruta aumentou 8,5%, para os 22,4 bilhões de euros, enquanto que o líquido (o que melhor reflete o negócio puro bancário) subiu 6,5%, para os 13,5 bilhões de euros.
Na América Latina, o Santander fechou o ano com 91.887 funcionários e 6.046 agências, sendo que no Brasil contabilizou 54.602 empregados, 2.355 agências e 1.420 PABs.
O Brasil segue com a maior fatia dos lucros do Santander em todo o mundo (28%), contribuindo, assim, para uma participação de 51% de toda a América Latina. Tal participação reflete todo o empenho dos funcionários, apesar das péssimas condições de trabalho, com metas abusivas, assédio moral e sobrecarga de trabalho.
O banco espanhol precisa reconhecer o valor do bancário e conferir-lhe dignidade. Melhorar as condições de trabalho e valorizar o profissional é o mínimo o que o Santander pode fazer mediante o crescimento dos lucros.