Pelo sexto mês consecutivo, o Santander liderou em julho o ranking de reclamações contra os bancos com mais de um milhão de clientes. O banco espanhol teve 611 reclamações procedentes e contava com 23,1 milhões de clientes.
O título de hexacampeão mensal de queixas de clientes e a liderança do banco no corte de empregos no primeiro semestre de 2013 não são mera coincidência. O banco eliminou 2.290 postos de trabalho entre janeiro e junho deste ano e 3.216 entre os meses de junho de 2012 e 2013.
Para sair dessa posição incômoda para qualquer banco, o Santander deveria, ao invés de gastar fortunas em marketing, parar de demitir funcionários, contratar mais trabalhadores, melhorar as condições de trabalho e oferecer atendimento de qualidade aos clientes.
Assim como em junho, em segundo lugar no ranking de reclamações aparece o Itaú Unibanco, com 335 reclamações para 25,9 milhões de clientes. Também como em junho, em terceiro lugar ficou o Banco do Brasil, com 422 reclamações entre 34,7 milhões de clientes.
O HSBC ocupa o quarto lugar, com 58 reclamações para 5,8 milhões de correntistas. Depois vem o Banrisul, repetindo a posição de junho, com 19 reclamações para 2,3 milhões de clientes.
Débito não autorizado é o principal abuso
No ranking sobre o tipo de reclamações, os débitos não autorizados lideram a lista, com 397 ocorrências. Nesse caso, o Santander também é líder, acumulando 106 dessas reclamações, seguido pela Caixa (90) e BB (69).
O segundo maior número de reclamações foi quanto prestação irregular de conta-salário, com 390 queixas. A cobrança de tarifas irregulares, por serviço não contratado, teve 222 ocorrências.
Total de reclamações contra bancos caiu 3%
Já o número total de reclamações contra os bancos caiu no mês passado, depois de registrar uma alta entre maio e junho,. De acordo com levantamento do BC, foram registadas 2.335 reclamações procedentes em julho, uma queda de 3% em comparação com as 2.406 registradas em junho.
O BC tem um critério para montar esse ranking. São utilizados o número de reclamações procedentes - aquelas que infringem normativos do Conselho Monetário Nacional (CMN) ou do próprio BC - dividido pelo número de clientes protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), multiplicado por 100 mil. A partir dessa conta, chega-se a um índice que serve para definir as colocações de cada banco.