Pandemia
Santander se compromete a negociar banco de horas negativo
Compromisso foi anunciado em reunião virtual com o movimento sindical, na qual foram debatidos outros temas como regulamentação do home office, protocolo contra covid-19 e demissões por telefone
Em reunião realizada virtualmente nesta quarta-feira 22 com o movimento sindical, o Santander se comprometeu a negociar a implantação de um banco de horas negativo para os trabalhadores que estão afastados por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus. A proposta será apresentada em detalhes em nova reunião na sexta-feira 24.
Home office
O movimento sindical recebeu denúncias de que o banco está convocando trabalhadores para continuarem em home office, mediante assinatura de acordo individual com validade de um ano.
Os representantes do banco disseram que no momento não há nenhum acordo de adesão ao trabalho de home office, mas uma breve consulta está sendo realizada com os trabalhadores de algumas áreas, e o banco tem a intenção de discutir este tema na mesa de negociação na Fenaban. Contudo, já apresentou algumas premissas, como jornada mista alternada entre o trabalho no escritório e em casa, sem redução de salário nem de benefícios ou retirada de qualquer outro direito.
Novos protocolos em relação à covid-19
O banco está implantando mudanças de protocolo em relação ao teste de covid-19: quando um trabalhador apresenta sintomas da doença, ao invés de se consultar por meio da telemedicina do banco e permanecer afastado, o banco agora dá autorização para que o empregado faça uma teste de farmácia. Contudo, estes testes são conhecidos pela pouca eficácia, e muitas vezes apresentam resultado falso negativo, o que pode contaminar outras pessoas.
Os representantes do Santander informaram sobre a realização de um projeto piloto implantado em seis Estados do Brasil escolhidos com base em critérios como a curva de contágio e a densidade demográfica. Também disseram que irão apresentar este projeto com mais detalhes, junto com a área de saúde do banco, na próxima reunião do dia 24.
Alegaram ainda que todos os locais com incidência de contaminação estão sendo higienizados, e os empregados estão sendo afastados.
Demissões
O movimento sindical tem recebido denúncias de que o Santander está demitindo trabalhadores por telefone, o que fere a cláusula 50 da Convenção Coletiva de Trabalho, que determina que a dispensa tem de ser feita por escrito. Alguns deste demitidos, inclusive, estavam retornando de afastamento por doença do trabalho.
Metas
Além da cobrança por metas, o banco criou a campanha “Rumo a Mais um Milhão de Clientes”, que consiste na visita para prospecção de clientes em plena pandemia do coronavírus.
Os representantes dos trabalhadores reivindicaram que para a próxima reunião o banco traga informações sobre esta campanha, que preocupa por convocar os trabalhadores para sair às ruas em um momento em que a acurva de contaminações não está diminuindo.
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Escrito por: Redação Spbancarios
Fonte SEEB SP - 22/07/2020
Postado por Comunicação SEEB Santos e Região em Notícias