Sem nenhuma negociação com o movimento sindical, o Santander informou a rede, por meio de comunicado institucional, que todas as agências do Brasil terão atendimento gerencial das 9h às 17h, a partir de 18 de julho.

O movimento sindical procurou o Santander para questionar a nova medida, e está prevista uma reunião sobre o tema para a próxima semana.

O Santander há anos vem alterando o horário de atendimento, em uma clara tentativa de burlar a jornada de trabalho dos bancários. Foi o único banco que manteve o atendimento preferencial das 9h às 10h para o grupo de risco da covid-19, mesmo quando o número de contaminações e mortes em decorrência da pandemia passou a diminuir. Além disso, o banco espanhol tentou também abrir suas agências aos sábados em outros momentos.

Massacre de gerentes

As últimas do Santander são colocar Gerentes de Negócios e Serviços (GNS) no autoatendimento trabalhando somente com tablets o dia inteiro em pé e sem mesas.

Eles também são responsáveis por abrir caixa, fazer o trabalho de tesouraria, atender clientes, vender produtos bancários e barrar a entrada dos clientes na agência, ficando exposto a todo tipo de violência.

Outra maldade do banco espanhol é que Gerentes de Atendimento (GAs) que davam apoio aos Gerentes Gerais (GGs) e GNSs, estão sendo extintos pelo banco, mudando de cargos ou obrigados a ir para São Paulo e se responsabilizarem por 7 ou 8 agências ao mesmo tempo. Agora, vão estender a jornada. Ninguém aguenta mais!

“Não tem negociação, o Sindicato e a categoria são apenas comunicados desrespeitando todas as conquistas trabalhistas dos funcionários brasileiros. A maldade impera sem pudor, sem trégua, sem responsabilidades, na minha opinião com objetivo de fazer do Brasil um laboratório de exploração do trabalho. Mas não toleramos isso e daremos a resposta”, afirma Fabiano Couto, secretário de Comunicação do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e bancário do Santander.