Em reunião entre o Sindicato dos Bancários de Santos e Região e a superintendência de Relações Sindicais do Santander, dia 28/4, o Santander comunicou que irá retirar as portas giratórias das agências na Baixada Santista. E já deu inicio com a agência de Cubatão/SP.

 

O Santander vai tentar reeditar o que vem praticando desde 2016 no Brasil e tentou iniciar em maio de 2019 na Baixada Santista, quando retirou o equipamento de segurança em duas cidades do litoral paulista e, depois da luta e paralisações do Sindicato, foi obrigado a reinstalar.

 

Para os diretores do Sindicato que participaram da reunião: Fabiano Couto, Estevam, Priscila e Vanessa ficou explícito que a segurança do Santander tem foco no numerário (dinheiro), estão interessados em dar segurança aos cofres e esquecem das vidas humanas.

 

A diretoria chamou à razão os representantes do banco de que apesar dos argumentos do Santander de que não haveria dinheiro circulando dentro das agências, os assaltantes não sabem disso e no momento do assalto poderiam assassinar algum funcionário, cliente, ou mesmo roubar bolsas, celulares, agredir as pessoas e afirmam que a retirada do equipamento de segurança é um convite ao crime.

 

Agência Cubatão/SP

 

“Todos os bancos devem respeitar a vida dos trabalhadores e as leis municipais que obrigam o pleno funcionamento de portas giratórias, câmeras de segurança, vigilantes, cabine blindada e alarmes. Dissemos na reunião que o Sindicato não aceita a retirada das portas giratórias”, esclarece Fabiano Couto, bancário do Santander e dirigente do Sindicato.

 

O Sindicato vai fiscalizar e tomar as medidas necessárias contra a retirada das portas giratórias.

 

O Santander teve que reinstalar portas em 2019

Na época, as unidades Santos/Boqueirão e Guarujá/Centro, no litoral paulista, foram paralisadas (por vários dias) pela diretoria do Sindicato, em 7/5/19, por irregularidades como falta de portas giratórias obrigatórias por leis municipais. Além de estarem sendo preparadas para abrirem aos sábados.

 

Depois de paralisações, denúncia ao Ministério Público, para o Cidoc/Santos, Prefeitura de Guarujá e Santos, o Sindicato conseguiu a reinstalação das portas giratórias das agências Guarujá/SP (Centro) e Santos/SP (Boqueirão).

 

A Lei 168/95 obriga agências bancárias de Santos a ter PORTA GIRATÓRIA detectora de metais, circuito de tv, cabine blindada e alarme. Já no Guarujá, a Lei 4225/2015 obriga a instalação de porta giratória nos mesmos moldes nos bancos.

 

A Lei 7.430 da CLT garante: bancário não trabalha aos sábados! Em resposta, Eneida Koury, presidente do Sindicato, acionou o departamento jurídico que fez uma denúncia ao Ministério Público do Trabalho – MPT – e enviou ofício ao banco espanhol para comunicar a ilegalidade cometida.

 

 

Portas Giratórias diminuem assaltos comprovadamente

Ricardo Saraiva Big, secretário geral do Sindicato dos Bancários de Santos, ressalta que há décadas, desde a instalação dos dispositivos de segurança, a Baixada não registra assaltos e até mesmo tiroteios com mortos e feridos em agências bancárias, como era até normal acontecer no século passado. “Não podemos aceitar esse retrocesso”, alerta.

 

Depois da instalação das portas, no final da década de 90, houve uma redução de aproximadamente 80% no número de assaltos, conforme dados da própria Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), entidade patronal. Segundo a estatística da Febraban, em 2000 foram registrados 1.903 assaltos contra 369 em 2010.

 

O dirigente sindical afirma que atualmente a iniciativa de retirá-las tem o apoio dos bancos, pois não querem gastar com segurança.

 

Em Santos e outras cidades do litoral têm leis

Por exemplo, a Lei 168/95, de autoria do dirigente do Sindicato e na época vereador, Big, obriga agências bancárias de Santos a ter PORTA GIRATÓRIA detectora de metais, circuito de tv, cabine blindada e alarme. Já no Guarujá, a Lei 4225/2015 obriga a instalação de porta giratória nos mesmos moldes nos bancos. Em outras cidades o texto é muito parecido.