A insegurança nas agências bancárias na Baixada Santista fez, mais uma vez, bancários vítimas da violência, desta vez em Cubatão. Assaltantes renderam trabalhadores na agência do Banco do Brasil (BB) da Avenida 9 de Abril, pegaram dinheiro e fugiram, na quarta-feira (16). O movimento sindical cobra constantemente que os bancos invistam mais em segurança, mas os banqueiros seguem interessados apenas em aumentar seus lucros.

A diretora do Sindicato e funcionária do BB, Márcia Peres afirma que “eles dizem que vão ter muitos custos para investir em mais segurança e deixam o tema de lado. Enquanto isso, a vida dos funcionários corre perigo”.

Márcia ressaltou também que, após assaltos em agências, o Sindicato presta o auxílio necessário e orienta os funcionários sobre seus direitos. “Bancários vivem com medo de assaltos no dia a dia. E quando acontecem, há situações em que o trabalhador passa a ter problemas psicológicos irreversíveis”. Ela comentou também que devido aos riscos, os bancários deveriam receber por periculosidade e ter direito à aposentadoria especial.

CAT

Funcionários de agências que sofram assaltos têm direito à emissão de CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho), garantido por lei, e devem exigi-la de suas gerências. O banco é obrigado a registrar uma CAT para cada assalto, independente de qual seja o intervalo entre eles.  

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Ao contrário dos casos de acidente ou doença profissional, essa CAT/Assalto não requer afastamento das funções: ela é o registro da exposição a que o bancário foi submetido. É indispensável que o trabalhador guarde suas vias de cada uma delas. Se futuramente a pessoa desenvolver quadros de doenças (hipertensão e problemas psicológicos, por exemplo) a CAT é o documento que auxiliará na comprovação do nexo entre o distúrbio e as condições de trabalho.

Embora seja direito dos trabalhadores, muitas chefias recusam-se a emitir CAT/Assalto. Se isso ocorrer em sua agência, procure imediatamente o Sindicato para fazer valer seu direito.

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