Ocupados sem direitos
Taxa de desemprego é de 11,2% e atinge 12 milhões de trabalhadores
De acordo com a Pnad Contínua, divulgada nesta quinta-feira, 38 milhões de trabalhadores estão na informalidade, sem direito sequer ao descanso semanal remunerado
A taxa de desemprego do trimestre móvel de dezembro de 2021 a fevereiro de 2022 ficou em 11,2% e atinge 12 milhões de trabalhadores e trabalhadoras, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta quinta-feira (31), pelo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de informalidade da população ocupada (95,2 milhões de pessoas) foi de 40,2%. Isso significa que 38,3 milhões de trabalhadores e trabalhadoras atuam como informais, sem direito ao descanso semanal remunerado, férias, 13º salário, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) ou previdência social.
A taxa informalidade é composta por dados relacionados aos trabalhadores sem carteira assinada, os empregadores e trabalhadores por conta própria sem CNPJ e o trabalhador familiar auxiliar.
O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 34,6 milhões de pessoas.
Já o total de trabalhadores contratados pela iniciativa privada sem carteira assinada foi de 12,3 milhões.
O número de trabalhadores por conta própria é de 25,4 milhões de pessoas.
Renda média é a menor para o trimestre
O rendimento médio real do trabalhador brasileiro, estimado em R$ 2.511, ficou estável em relação ao trimestre anterior (R$ 2.504) mas, embora tenha parado de encolher, foi a menor renda média do trabalho já registrada em um trimestre encerrado em fevereiro desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012.
Outros números:
. Brasil tem 4,7 milhões de trabalhadores desalentados (pessoas que desistiram de procurar trabalho depois de muito tentar e não conseguir;
. A população subutilizada foi estimada em 27,3 milhões de pessoas;
. O total de subocupados por insuficiência de horas trabalhadas somou 6,6 milhões de pessoas.
Escrito por: Redação CUT com edição de Marize Muniz
Fonte Redação CUT
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias