Mais de 2 mil funcionários do Banco do Brasil paralisaram até o meio-dia os prédios São João e Cenop Imobiliário, ambos com cerca de 2,5 mil trabalhadores, os dois maiores complexos da instituição, na quinta-feira, 24.

O motivo principal foi o fato de o banco realizar retaliações após a greve, marcando observações nos pontos eletrônicos de quem não realizar uma hora inteira a mais, para compensar a paralisação, e cortando férias dos trabalhadores, incluindo os que sairiam nos próximos dias, entre novembro e dezembro.

O acordado entre as partes foi anistiar metade dos dias paralisados e a outra metade seria paga em até uma hora por dia até 15 de dezembro. Mas, segundo funcionários, ele (o BB) sempre foi flexível a respeito dessas horas de greve para compensar, porém desde o último ano passou a adotar esta medida, prejudicando quem porventura não tenha como repor de forma rígida.

Edilson Montrose, diretor do sindicato e militante do Coletivo Bancários na Luta, ainda denuncia que "o banco está ameaçando montar inquérito administrativo em quem não cumprir as horas". Os Bancários na Luta e a Intersindical estão nessa luta e exigem que o banco reverta esta situação.