Viagens realizadas pelo ex-presidente da Caixa Econômica Federal Pedro Guimarães tiveram gasto médio de R$ 70 mil por final de semana. O valor máximo registrado em um evento deste tipo durante o mandato foi de R$ 250 mil.

Guimarães renunciou ao cargo após denúncias de assédio sexual feitas por funcionárias a autoridades do Ministério Público e que foram divulgadas pela imprensa.

As viagens ocorriam por conta do programa Caixa Mais Brasil. Incluíam o aluguel de carros blindados e a hospedagem em resorts de luxo. As informações são da Folha de S.Paulo. Parte das denúncias de assédio dizem respeito a episódios ocorridos durante essas viagens.

O volume total de gastos durante o mandato de Guimarães chegou a R$ 9,4 milhões até março de 2022. Além de hospedagem e alimentações cobertas pela Caixa, o ex-presidente recebia ainda uma diária integral no valor de US$ 77 - um ganho geram a mais de R$ 165 mil.

O valor máximo gasto em uma viagem ocorreu em um deslocamento e hospedagem para Breves (PA), na Ilha do Marajó, em outubro de 2020. Jair Bolsonaro (PL) esteve presente no evento.

A Caixa informa que os gastos estão sendo analisados e uma consultoria independente deve ser contratada por determinação do Conselho de Administração do banco. A defesa de Guimarães alega que os gastos seguiam as normas internas da instituição.