Assédio Moral
WhatsApp no trabalho: assédio, hora extra e justa causa
O WhatsApp tem sido pivô de ações trabalhistas. Em escritórios de advocacia as consultas mais comuns são para processos de assédio, pagamento de hora extra e demissões por justa causa.
“Uma cliente nos procurou relatando que era perseguida por seu chefe por intermédio do WhatsApp. As trocas de mensagens ocorriam durante o horário de trabalho e fora dele. Alguns destes comentários inadequados foram também compartilhados em grupos no aplicativo, expondo a vítima aos demais colegas. Tal conduta gerou indenização à empregada”, exemplifica um consultor jurídico.
De acordo com o especialista, o uso do aplicativo no ambiente de trabalho é útil desde que seja utilizado de forma moderada, pois todo excesso é nocivo. Confira:
Assédio
Até onde o uso de WhatsApp com fins profissionais pode ser considerado dentro do normal?
O aplicativo deve ser usado dentro do horário de trabalho de forma objetiva, com fins estritamente profissionais. Deve-se observar a forma de comunicação para que não seja inadequada, ofensiva ou preconceituosa.
Hora Extra
Um funcionário pode pedir hora extra por atender demanda do chefe via WhatsApp fora do horário de trabalho?
Sim. É muito comum que empregados sejam acionados fora do horário de expediente via WhatsApp para resolverem problemas relativos ao empregador. Os 'prints' dessas conversas servem de prova em processos trabalhistas para efeito de hora extra.
Justa Causa
Em quais situações de trabalho a utilização do WhatsApp pode gerar demissão?
O uso do WhatsApp pode gerar demissão quando é excessivo e resulta em prejuízos ao empregador. O mau uso do aplicativo pode desconcentrar o empregado em relação ao seu trabalho e, dessa maneira, afetar sua produtividade. Se o empregador detectar tal situação poderá advertir o empregado, suspendê-lo e, em caso de persistência, demiti-lo.
Uso Recomendado
Como seria o uso saudável do WhatsApp no trabalho?
A empresa que deseja utilizar essa ferramenta como meio de aprimorar seus processos deve orientar muito bem seus empregados. Ela deve ressaltar a disciplina e a responsabilidade. Não pode haver brincadeiras e futilidades. Deve também observar a linguagem que utiliza para evitar o assédio, bem como o tempo, para impedir o uso fora do horário de expediente.
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Escrito por: Posocco & Associados Advogados e Consultores
Fonte Com informações JusBrasil
Postado por Fabiano Couto em Notícias