A diretoria do Sindicato dos Bancários e os bancários do Itaú, que trabalham na agência da rua General Câmara, 09, em Santos (a maior da Baixada Santista), retardaram em duas horas a abertura da unidade, das 10h às 12h, contra demissão em massa, a intensa pressão por metas, acúmulo de funções, assédio moral e ameaças de demissões. Tudo isto é responsável por deixar quase 1/3 dos bancários do Itaú, na Baixada Santista, com problemas de saúde, ou seja, contraíram doenças ocupacionais com Ler/DORT ou psicológicas. Segundo revelou pesquisa aplicada nos funcionários do banco pelo Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
As paralisações foram em nível nacional e também vão contra a afirmação do banqueiro Roberto Setúbal, presidente-executivo do Itaú, para a revista Exame, de 15 de junho, de que “é hora de demitir trabalhadores”, para que o banco possa lucrar ainda mais. Para o Itaú não basta ter sido o recordista em lucros e ganhar mais de R$13 bilhões em 2010.
Os funcionários enfrentam condições de trabalho desumanas, pressão constante com muito assédio por metas elevadas e sobrecarga de serviço que levam ao adoecimento, como demonstrou pesquisa recente realizada pelo Sindicato nas unidades do Itaú.
É bom lembrar que o banqueiro Setúbal ao adquirir o Unibanco, em novembro de 2008, disse que não projetava demissões e que todos os trabalhadores seriam aproveitados, porque abririam novas agências, MENTIRA!
O Itaú demite principalmente os trabalhadores com maior tempo de casa, para rebaixar salários e impor grande rotatividade. Agora prepara demissões em massa, porém novas unidades são abertas.
A falta de funcionários vem causando intensa queda nas condições de trabalho dos bancários, que estão sobrecarregados. A exploração tornou-se comum, os gerentes operacionais da agência abrem caixa para trabalhar no atendimento, o que é um caso de desvio de função. Foram colocados cartazes, entregues cartas abertas à população e instalados som para denunciar o crítico ambiente de trabalho no Itaú, um dos maiores bancos do mundo. Um calendário de luta foi organizado pelo Sindicato dos Bancários de Santos e Região, junto com o movimento sindical nacional.