Os bancários e a diretoria do Sindicato dos Bancários de Santos e Região realizam ato de repúdio a política econômica adotado pelo governo Dilma Rousseff, que arrocha os salários, para favorecer os bancos, sexta-feira, 14, em frente às agências do Itaú e Caixa Econômica Federal, na rua General Câmara, 09, no Centro de Santos, a partir das 16h30. Na manifestação, os bancários fizeram o enterro simbólico de Dilma Rousseff, com caixão, cartazes, velas, boneco da “Dilmá” e carro de som.
Fenaban desrespeita bancários em negociação
A negociação desta sexta, 14/10, agendada pela Fenaban, foi marcada pelo desrespeito, descaso e pela falta de comprometimento com os bancários. Os representantes dos banqueiros trancaram-se em uma sala isolada desde às 10h (horário marcado para início da negociação) e ficaram conversando tranquilamente até às 13h (horário do almoço para eles), quando transferiram a negociação que nem havia começado para às 14h. Porém, não haviam voltado para a reunião de negociação até às 16h30min. Aguardem maiores informações.
Na quinta-feira, 13, primeiro dia da retomada das negociações, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu a proposta insuficiente de 8,4% sem tocar nos outros pontos reivindicados como PLR, Piso e outros itens contidos na pauta. A proposta foi rejeitada de imediato pelo Comando Nacional dos Bancários.
Greve fica mais forte a cada dia
A greve torna-se cada vez mais forte contra a intransigência e desrespeito dos Banqueiros e segue para seu 21º dia nesta segunda-feira, 17/10/2011, com mais de 9.000 agências paralisadas em todo o Brasil. O movimento é o maior dos últimos 20 anos.
Em toda a Baixada Santista estão paralisadas cerca de 90% das agências bancárias. “A cada dia mais bancários aderem à ao movimento que reivindica seus direitos negados pelos patrões banqueiros”, fala Ricardo Saraiva Big, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região. Somente nos primeiros seis meses deste ano o setor teve crescimento de 26,6%, o que contabiliza um lucro líquido de R$ 31,8 bi, sendo R$ 26,5 bi o lucro dos sete maiores bancos do país.
“Nós, bancários reivindicamos reajuste salarial de 12,8%, PLR de três salários mais R$ 4.500, piso do Dieese (R$ 2.297,51 em junho), plano de cargos e salários para todos, mais contratações, fim da rotatividade com garantia de emprego, reversão das terceirizações entre outros itens colocados na pauta entregue, dia 12/08, à Fenaban”, afirma Big.
Salário no Brasil é metade dos colegas argentinos
Atualmente, o bancário brasileiro em início de carreira ganha US$ 735,29, metade do que recebem os colegas da Argentina (US$ 1.432,21) e bem menos que os do Uruguai (US$ 1.039), conforme pesquisa da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro – Contraf.