Conferência Nacional dos Bancários
Bancários são contra reforma da Previdência que fará desigualdade aumentar
76% da categoria bancária é contra a Reforma da Previdência e 82% dos bancários acreditam que as mudanças farão a desigualdade social no Brasil aumentar. Estes foram os principais resultados da Consulta Nacional dos Bancários, apresentada na manhã de domingo, 4/8, no início dos trabalhos do último dia da 21º Conferência Nacional dos Bancários.
A pesquisa, realizada na base das 10 federações representadas pelo Comando Nacional dos Bancários, do início de abril ao final de maio, mostra que 79% discorda com a alteração que o governo propõe na Previdência Social, que, além de instituir a idade mínima, aumenta o tempo mínimo de contribuição para 20 anos e exige 40 anos de contribuição para receber o benefício integral. Outros 6% não souberam opinar.
O número é ainda maior quando o questionamento é sobre a redução dos valores dos benefícios para idosos pobres, 88% discordam e 6% não sabem opinar. Sobre a extinção do regime solidário e a implementação do regime de capitalização individual como modelo básico para a Previdência, 69% da categoria discordam e 16% não sabem opinar.
A maioria da categoria, 78%, também é contra o aumento da idade mínima e o tempo de contribuição para que as mulheres se aposentem.
"Esta Reforma não atinge os privilegiados, só a classe média e os mais pobres. Precisamos sim de uma reforma tributária para taxar as grandes fortunas, os bancos, o grande empresariado e distribua a renda retirando os impostos dos mais pobres.
No caso da categoria bancária, que hoje ainda consegue se aposentar com 50 ou 55 anos (mulher e homem) de idade, caso a reforma seja aprovada só conseguirá com 62 e 65 anos de idade (respectivamente), além de ter rebaixado o valor pelo novo cálculo e o aumento de anos de contribuição.
Atualmente calcula-se o benefício usando a média das 80% maiores remunerações, ou seja, as 20% menores são descartadas. Com a reforma, o valor integral será calculado usando a média de 100% dos salários, só para quem tiver 40 anos de contribuição", explica a presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, Eneida Koury.
“Não defendemos reforma alguma. Defendemos a cobrança dos devedores e o fim da Desvinculação de 30% das Receitas da União (DRU) e da Seguridade Social para pagamento de juros aos bancos”, afirma Ricardo Saraiva Big, secretário
de Relações Internacionais da Intersindical.
Metas
Quando o tema da pergunta é a pressão pelo cumprimento de metas que leva muitos bancários ao adoecimento e, consequentemente, a fazer uso de medicação controlada, 54% dos que responderam conhecem alguém que já fez uso de medicação e 32% revelaram que já usaram.
Bancos públicos
Outra bandeira fundamental da categoria atualmente, a defesa dos bancos públicos é classificada como muito importante por 72% dos trabalhadores e como importante por 17%.
Fonte Com informações da Contraf e Seeb Santos
Postado por Comunicação SEEB Santos e Região em Notícias