Grandes bancos do Brasil já têm disponível páginas na internet terminadas com o domínio "b.br", criado especificamente para o setor como forma de aumentar a segurança nas transações on-line.
Hoje quem quiser buscar a página do seu banco na internet, por exemplo, poderá acessar o portal digitando www.nomedobanco.b.br, além do tradicional www.nomedobanco.com.br.
A página de registros do CGI.br (Comitê Gestor da Internet) no Brasil já conta com 40 instituições financeiras com a nova terminação. Alguns deles, porém, ainda não estão ativos. Há também casos como o do Banco do Brasil, em que o novo domínio é direcionado ao endereço ".com.br".
O domínio "b.br" foi criado em 2008 a partir de uma parceria entre a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e o CGI.br.
Não há mudança para usuários
A alteração tenta apenas criar o que técnicos em informática chamam de "nova camada de segurança" para proteger os sistemas de transações financeiras on-line e combater o phishing (furto de dados pessoais pela internet).
Cerca de 25% das transações bancárias são feitas pela internet. A ONG Safernet, que investiga crimes virtuais no país, estima em R$ 1 bilhão o tamanho do rombo causado por fraudes em páginas dos bancos.
Para usar um eletrônico com o domínio "b.br", entretanto, a instituição financeira terá de comprovar sua atividade ao CGI e ao NIC.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR). Segundo a Febraban, a alteração para o novo domínio é facultativa.
A federação diz ainda que investimentos expressivos feitos pelos bancos no domínio ".com.br" desde 2008 elevou para "patamares próximos, se não equivalentes" o grau de segurança em relação ao novo domínios.
Anualmente, o Sistema Financeiro Nacional destina cerca de R$ 2 bilhões em equipamentos de segurança eletrônica, segundo a Febraban.
A entidade considera iniciativas de tecnologia apenas parte da solução contra fraudes e cobra a aprovação de lei penal para crimes cibernéticos.
"Atualmente, na falta de uma legislação específica, integrantes de quadrilhas detidos dificilmente ficam presos por um longo período", afirma em nota. A Febraban defende disposições legais para que seja possível rastrear e identificar localização e horário em que foi feita a fraude.
DICAS
Para evitar fraudes bancárias na internet, a Febraban criou uma cartilha de dicas com recomendações para indicando aos clientes que tenham programas antivírus atualizados, não usem computadores compartilhados para fazer transações e tomem cuidado com arquivos de origem desconhecidas.
Ao fazer operações na internet, usuários devem certificar-se de que estão no site do banco. Um cadeado ou chave de segurança na área de segurança do site permite fazer a checagem.
Além disso, a entidade lembra que os bancos não enviam e-mails com links para acesso às suas páginas, nem pedindo atualização de cadastro ou outros tipos de informação.
Fraudes mais comuns envolvendo segurança eletrônica também estão reunidas para consulta no Centro de Atendimento a Incidentes de Segurança , da Rede Nacional de Pesquisas.