Bradesco demite
Bradesco descumpre acordo e inicia onda de demissões no Brasil
Não existe motivo algum para demissões, sem provisionar bilhões direto para seus cofres, os lucros oficiais seriam praticamente o dobro. O Bradesco deve ter compromisso social, compromisso com o Brasil, cumprir o acordo com os bancários e garantir os empregos
O Bradesco iniciou uma onda de demissões no país. Os sindicalistas estão indignados e denunciam que as dispensas fazem parte do processo anunciado na grande imprensa pelo presidente da instituição, Octavio de Lazari Júnior, da extinção de mais de 400 agências e departamentos nacionalmente.
“O banco vem utilizando de subterfúgios com o objetivo de cortar força de trabalho em função da política de redução das agências para reduzir custos e aumentar os lucros já bilionários, aumentando a crise no país”, afirma Ednilson Santos, dirigente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e funcionário do Bradesco.
O banco resolveu seguir os passos do Santander, Itaú e outras instituições que também descumprem o compromisso firmado com o Comando Nacional dos Bancários de não demitir durante o período da pandemia.
O Governo Bolsonaro vem atacando a vida da população sem política efetiva de saúde no combate a pandemia. Além de aumentar a crise econômica com medidas de extinção de programas sociais e direitos dos trabalhadores, por meio das medidas adotadas pelo Ministro Paulo Guedes, destruindo a recuperação econômica pós-pandemia.
Há muitas décadas o sistema financeiro é o setor mais lucrativo do país e continua faturando bilhões de reais, mesmo com a grave crise econômica. Mesmo com lucros recordes, o governo lhes ofereceu várias benesses, como os R$1,2 trilhão garantido através do Banco Central, a compra de ‘títulos podres’ com dinheiro público e a redução de impostos sobre os lucros em plena crise da pandemia enquanto o país assiste passivamente a falência de indústrias, o fechamento de lojas comerciais e o aumento do desemprego e da miséria. E agora Guedes anuncia uma redução ainda maior dos impostos do setor, elevando a carga tributária sobre o consumo.
O Bradesco, por exemplo, teve um lucro líquido recorrente no segundo trimestre de 2020 de R$ 3,87 bilhões. Apesar dos números oficiais do banco registrarem uma queda de 40,1% nos resultado em relação ao mesmo período de 2019, a segunda maior instituição privada também utilizou a estratégia de superdimensionar a Provisão de Devedores Duvidosos (PDDs), uma considerável transferência dos ganhos para proteger a empresa de possíveis calotes, em função da crise da pandemia, o que acaba impactando negativamente no resultado dos lucros. O reforço para as provisões foi de R$ 3,8 bilhões em função da expectativa de inadimplência.
“Não existe motivo algum para demissões, sem provisionar bilhões direto para seus cofres, os lucros oficiais seriam praticamente o dobro. O Bradesco deve ter compromisso social, compromisso com o Brasil,cumprir o acordo e garantir os empregos", Finaliza Ednilson.
Fonte Comunicação do SEEB de Santos e Região com SEEB do RJ
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias