Lucro com demissão

Bradesco lucra R$ 6,3 bilhões no 2º tri, alta de 63,2% na comparação anual

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Bradesco lucra R$ 6,3 bilhões no 2º tri, alta de 63,2% na comparação anual

A rentabilidade cresceu, na comparação anual, fruto de demissões, fechamento de agências e metas absurdas

O Bradesco teve lucro líquido recorrente de R$ 6,319 bilhões no segundo trimestre de 2021, revelou a instituição financeira nesta terça-feira (3). Foi um aumento de 63,2% ante o mesmo período do ano passado.

 

Já o lucro contábil foi de R$ 5,974 bilhões, o que representa um crescimento de 70,4% na base anual.

 

O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês) atingiu 17,6%, contra 11,9% no segundo trimestre de 2020 e 18,7% no primeiro trimestre de 2021. No semestre, o ROAE foi de 18,2%, ante 11,8% no primeiro semestre de 2020.

 

Segundo a administração, o lucro registrou uma evolução expressiva em relação ao segundo trimestre de 2020 e primeiro semestre de 2021 em função de maiores receitas com prestação de serviços, crescimento da margem financeira com clientes, menores despesas operacionais e menores despesas com Provisões para Devedores Duvidosos (PDD).

 

“Em relação ao trimestre anterior, o bom desempenho das receitas relativas a margem financeira com clientes e serviços, aliado à redução das despesas com PDD e despesas operacionais, contribuíram para reduzir o impacto decorrente do menor resultado obtido com as operações de seguros, previdência e capitalização, que mesmo afetado pelos efeitos da pandemia, atingiu o montante de mais de R$ 1,5 bilhão”, completa a gestão do banco.

 

No resultado consta ainda que as despesas com provisões somaram R$ 3,487 bilhões, contra R$ 8,89 bilhões no segundo trimestre de 2020 (queda de 60,8%) e R$ 3,907 bilhões nos três primeiros meses de 2021 (baixa de 10,7%).

 

A margem financeira chegou a R$ 15,738 bilhões, alta de 1% em comparação com o trimestre anterior e queda de 5,7% na base anual.

 

As receitas de prestação de serviços, por sua vez, totalizaram R$ 8,412 bilhões no segundo trimestre deste ano, o que corresponde a uma expansão de 10,3% sobre o mesmo período do ano passado e de 4,3% em relação ao trimestre anterior.

 

Fechou agências e demitiu em massa foi pauta do Encontro Nacional

O Bradesco fechou 8.547 postos de trabalho e 1.088 agências em doze meses. “Mais de 10% de emprego da empresa eliminada em um ano”, lamentou o técnico do Dieese, Gustavo Cavarzan. O espanto é maior se voltarmos alguns anos. Em 2016, antes de comprar o HSBC, o Bradesco tinha 89, 424 trabalhadores. No ano seguinte, depois da fusão, chegou a 109, 922. Atualmente são 88.687 funcionários. “Chegou a um patamar menor do que antes de comprar o HSBC. A mesma coisa aconteceu com as agências bancárias. Eram mais de 4.400, chegou a mais de 5.300 e atualmente são apenas 3.312. Podemos dizer que o Bradesco é um banco menor em estrutura, mesmo depois de comprar o sexto maior banco do país, na época. Em estrutura, pois os resultados são muito maiores”, salientou Cavarzan.

 

Novas plataformas


O técnico da subseção do Dieese da Contraf ainda apresentou novas plataformas que o banco utiliza para disponibilizar seus serviços e produtos, como Ágora, Next e Bitz. “O Bradesco pode ser um estudo de caso de como o movimento sindical deve atuar para abarcar os trabalhadores que não são considerados bancários, mas atuam diretamente para ajudar a construir o resultado do banco”, finalizou.

Fonte Infomoney e Contraf com edição da Comunicação do SEEB de Santos e Região
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias

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