Os bancários da base territorial do Sindicato de Santos e Região, realizaram, dia 27/8/2020, a 1ª Assembleia Geral Extraordinária de Campanha Salarial, em 2020, por meio virtual, a partir das 19h. O evento foi transmitido pelas mídias sociais facebook e youtube do Sindicato.

A assembleia teve a participação de 323 bancários que deliberaram por manter a assembleia em caráter permanente até a votação de uma proposta final.

“Não é a pandemia, não é o isolamento que vai barrar a nossa luta em defesa dos direitos dos bancários. Os bancos estavam intransigentes. Mas nossa mobilização com plenárias e reuniões nos últimos meses avançou e continua. O que fez com que a Fenaban recuasse em retirar direitos da CCT. A greve não está descartada caso insistam em atacar salários, PLRs, plano de Saúde da categoria ou qualquer outro direito. No BB e Caixa as dificuldades de negociação são maiores, porque o governo tenta adequar os bancos públicos para a privatização. Caso não recuem o sindicato vai organizar e estará à frente da greve”, afirmou Ricardo Saraiva Big, presidente em exercício do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e secretário de Relações Internacionais da Intersindical Central da Classe Trabalhadora.

“O governo eleito está praticando sua fala de que os trabalhadores têm direitos demais. Querem diminuir os ciclos de avaliações no BB para retirada de comissionamento de três para apenas um. Reduzir a PLR Fenaban e a PLR linear. É importante que o trabalhador do BB esteja preparado para cruzar os braços para defender seus direitos. Porque o lucro quem faz somos nós”, ressalta André Elias, dirigente do Sindicato e funcionário do BB.

 “À distância não nos limita. A Caixa fez uma reestruturação que trouxe uma série de transtornos, nas negociações atacam o Saúde Caixa para onerar os empregados com aumento da contribuição afetando ativos e aposentados. Todos tem que estar mobilizados para defender o Saúde Caixa. Outra questões são diminuição da PLR social, implantação de banco de horas e o fatiamento das subsidiárias para privatizar”, disse Sérgio Cabeça, diretor do Sindicato e empregado da Caixa.

“É muito importante que os sócios atualizem o cadastro em nossos site: santosbancarios.com.br. Coloquem em seus contatos de celular o número do whatsapp do sindicato para receber notícias de interesse da categoria. Os que não são sócios sindicalizem-se para enfrentar os ataques e se defender. Todos  os direitos que temos hoje foram conquistados com a luta do movimento sindical desde o século passado”, enfatiza Elcio Quinta, dirigente do Sindicato e bancário do Itaú.

A Assembleia Permanente pode convocar a categoria a qualquer momento para deliberações quanto a proposta do banqueiros!

Todas as informações estão sendo disponibilizadas nas ferramentas digitais: site: www.santosbancarios.com.br, whatsapp: (13) 99209.2964, instagram.com/santosbancarios e twitter: twitter.com/santosbancarios. Participe junto com seu Sindicato, cadastre-se no site e fique informado.

Negociações tiveram início em 4/8

O Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban negociam, por videoconferências, desde 4 de agosto.

 
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) iniciou as negociações - da Campanha Salarial 2020 - tentando retirar a 13ª Cesta, rebaixar a PLR em até 48%, retirar direitos de quem contraiu doenças e ofereceu reajuste zero impondo uma diminuição no salário de 2,65%, sem falar nos tíquetes. Tudo rechaçado pelo Comando Nacional dos Bancários na mesa. Chegou a hora da mobilização e unidade!

 
Somente na 12ª negociação, depois da pressão dos bancários nas mídias sociais, os bancos recuaram em mexer na regra da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e ficou mantida a parcela adicional que é de 2,2% do lucro líquido sem alterar a regra. Porém, insistiram no reajuste zero para 2020, só com abono. Propuseram um abono de R$ 1.656,22 para este ano. Para o ano que vem, a proposta apresentada foi de repor 70% da inflação pelo índice do INPC a partir de 1º de setembro e os outros 30% depois de seis meses.

 
Na 13ª rodada, realizada dia 23/8, a Fenaban continuou insistindo em reajuste zero em 2020.