Campanha 2018
Categoria quer proposta com reajuste além da inflação e direitos garantidos
Os bancários trabalham para um dos setores mais lucrativos do Brasil e exigem respeito. Assim, nesta sexta-feira, 17, o Comando Nacional da categoria volta à mesa de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) esperando uma proposta decente para ser apresentada aos trabalhadores. É a sétima rodada da Campanha Nacional Unificada 2018.
Na última negociação, no dia 7, os bancos apresentaram uma proposta que previa somente reposição da inflação, medida pelo INPC/IBGE, para salários, pisos e demais verbas, como PLR, VA, VR e auxílio-creche/babá, sem reajuste acima da inflação.
Os bancários deixaram claro, em assembleias realizadas em todo o Brasil no dia 8, que não vão aceitar proposta sem reajuste acima da inflação. Também não admitem nenhum direito a menos e isso se aplica também aos acordos específicos dos bancos públicos.
Os negociadores dos bancos afirmam querer resolver a campanha na mesa de negociação, mas até agora não trouxeram respostas a reivindicações fundamentais para a categoria, como manutenção dos empregos e a não adoção das novas formas de contratação previstas na lei trabalhista do pós-golpe, que precariza as relações de trabalho.
É decepcionante ver como os bancos regateiam com os direitos dos seus empregados, os principais responsáveis pelos excelentes resultados do setor. O lucro dos bancos cresceu quase 34% em 2017. Como podem pensar em não pagar reajuste acima da infação aos trabalhadores? E as demandas de saúde, de emprego, a manutenção dos direitos? Queremos compromisso assinado na Convenção Coletiva de Trabalho de que os bancários não serão trocados por terceirizados, intermitentes, temporários, PJs.
Proposta indecente
A proposta da Fenaban apresentada no dia 7, previa acordo de 4 anos com reposição da inflação a cada data base da categoria (1º de setembro). Para 2018, o reajuste seria de 3,82% (projeção do INPC entre 1º de setembro de 2017 e 31 de agosto de 2018). Os representantes dos bancários já deixaram claro: acordo de 4 anos só com garantia de empregos.
Os bancos ainda querem alterar cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, segundo eles, para garantir segurança jurídica, mas não apresentaram a redação das modificações.
Fonte Contraf
Postado por Fernando Diegues em Notícias