As centrais sindicais disseram que vão paralisar a produção, circulação de mercadorias e os trabalhadores dia 30, na próxima sexta-feira, em coletiva realizada no Sindicato dos Bancários de Santos e Região, hoje 28. Os representantes das centrais disseram que a classe trabalhadora é a única que pode pressionar o governo a negociar com mobilização e lutar contra a precarização das condições de trabalho com a retirada de direitos.
As manifestações vão iniciar com paralisações das vias, do comércio, dos trabalhadores e terminar com um grande ato unificado das centrais sindicais na Pça. Mauá, a partir das 12h.
Os sindicalistas advertiram a população para não sair de casa porque vai ficar presa no trânsito, apenas as ambulâncias e bombeiros terão passagem livre. Foi ressaltado que a paralisação é o único jeito dos trabalhadores terem suas pautas aprovadas no Congresso Nacional.
Os dirigentes não aceitam a retirada de direitos proposto no Projeto de Lei 4330, que amplia a terceirização dos trabalhadores, que precariza as condições de trabalho, diminuindo salários e aumentando as demissões.
Atualmente terceirizados, como vigilantes de banco, fazem o mesmo serviço de quando eram funcionários registrados nas instituições financeiras, porém recebem apenas 1/3 do salário e perderam direitos.
A miséria do trabalhador é o lucro do patrão
Um dado relevante : dos 43 milhões de trabalhadores da ativa, 11,5 milhões são terceirizados, ou seja, 25%, na última década. Neste mesmo período a lucratividade das grandes empresas quadruplicou. Isto demonstra que a terceirização transfere salário, direito e a dignidade do trabalhador para os lucros dos patrões.
Pauta da classe trabalhadora
Também foram levantadas as bandeiras pelo Fim do Fator Previdenciário; Jornada de 40 horas Semanais, Sem Redução de Salário; Reajuste Digno para os Aposentados; Mais Investimentos em Saúde Pública, Educação e Segurança Pública; Transporte Público de Qualidade; e Fim dos Leilões do Petróleo.
Participaram da reunião as centrais sindicais: Intersindical, CUT, Força Sindical, NCST, CTB e CSP Conlutas.