Negacionismo do Santander
Covid: Santander insiste em romper lockdown na Baixada Santista colapsada
Banco espanhol se comprometeu a diminuir funcionários no trabalho interno, mas regionais insistem em convocar os funcionários, dia sim, dia não; conforme denúncias quase diárias, para o trabalho interno com aglomeração. Na região faltam leitos de internação, UTI e profissionais de saúde para atendimento de pacientes com covid-19. O sistema de saúde está à beira do colapso total
O Sindicato dos Bancários está recebendo diversas denúncias, dias 29, 30 e 31/3, de que a agência do Santander, onde fica também a regional Santos, na Pça Mauá, no centro da cidade, convocou os funcionários para trabalharem escondidos contrariando o lockdown decretado pelo Conselho de Desenvolvimento Metropolitano da Baixada Santista (Condesb), cujo o presidente é o prefeito de Santos/SP.
Abuso na cara do prefeito de Santos/SP, presidente do Condesb
“Caso se confirmem as denúncias, o interessante é a ousadia do abuso ao decreto da Cidade - que é bem claro ao proibir trabalho interno nas agências bancárias, a não ser para manutenção e segurança – numa unidade que fica em frente da Prefeitura de Santos/SP, onde trabalha o prefeito Rogério Santos, responsável pelo Condesb, do outro lado da Pça. Mauá”, indigna-se Fabiano Couto, secretário de Comunicação do Sindicato e bancário do Santander.
Ainda segundo as reclamações legais, além de vários funcionários estarem trabalhando dentro da agência, outros foram mandados para o autoatendimento se aglomerar com a população.
O Sindicato está tentando entrar em contato com a superintendência de Relações Sindicais, mas não conseguiu respostas sobre a convocação para o trabalho.
Entenda o abuso do Santander desde o início do lockdown
Depois da atuação e pressão do Sindicato e da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul, no início dos decretos de lockdown (23/3), o Santander desautorizou o trabalho interno de todos os funcionários no período de lockdow na Baixada Santista.
Ficou acertado que apenas 50% do quadro (diminuto) será responsável pela manutenção dos serviços em esquema de rodízio, a outra metade fica em home office e os que têm banco de horas deverão cumprir até o final do decreto em 4 de abril. Entretanto, em algumas agências podem haver quebra da promessa e o acordo feito pelo próprio banco espanhol!
“Estamos fiscalizando quem pode estar burlando o lockdown necessário para frear a transmissão de covid-19 que já ceifou mais de 300 mil vidas. É total irresponsabilidade convocar bancários para trabalhar presencialmente e correr o risco iminente de morte. Novamente vou entrar em contato com a superintendência de Relações Sindicais e cobrar a promessa de só ficarem pessoal para manutenção do autoatendimento e seguranças”, finaliza Fabiano Couto.
Decretos são taxativos
Os prefeitos das cidades de Santos, São Vicente, Guarujá, Mongaguá, Praia Grande, Itanhaém e Peruíbe foram taxativos em seus decretos de vedar o serviço interno dentro das agências bancárias, a não ser para segurança e manutenção.
Em todos os decretos das cidades mencionadas acima existem um artigo especificando isso: "Nas agências bancárias ficam autorizados exclusivamente os serviços de autoatendimento, vedados os serviços e atividades internas, ressalvados os relacionados à segurança e à manutenção."
Fonte Comunicação do SEEB de Santos e Região
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias