“Nenhum direito a menos. Lutar defender e garantir”
Demissão em massa e jornada de trabalho são pautas de grupos do Itaú
Funcionários do Banco Itaú se reuniram, nesta quarta-feira (7), no Hotel Braston, em São Paulo, para debater os assuntos que envolvem a classe trabalhadora diante da conjuntura política e econômica atual. Os trabalhadores se dividiram em três grupos para definir estratégias sobre emprego, saúde e condição de trabalho e impactos das novas tecnologias.
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú vai começar a fazer o debate do centro de realocação e qualificação. É uma tentativa para evitar que o banco continue fazendo o que ele faz hoje. Quando um setor evolui tecnologicamente e as pessoas não tem conhecimento, o banco demite os trabalhadores para contratar novos. O movimento sindical está tentando a recolocação ou qualificação das pessoas para que possam permanecer no emprego.
O grupo de trabalho aproveitou a carta enviada pelo Banco Itaú a todos os trabalhadores, no dia 19 de abril, para apresentar novas propostas a serem utilizadas nas próximas negociações. Na carta, o banco manifesta interesse na discussão sobre jornada de trabalho, bem como finais de semana, escalas de folga, intervalo de descanso e refeição, intervalo mulher e jornada flexível.
Há uma pressão do banco para colocar em pauta as mudanças da Reforma Trabalhista. O Itaú apresentou a pauta sobre as ações coletivas e destacou que deve ser priorizado o dialogo antes do ajuizamento nas ações em andamento.
Na carta ainda foram citadas questões sobre condições de trabalho como ambiente e readaptação, e o perfil do bancário de acordo com as novas tecnologias. Com os avanços tecnológicos, muitas agências se tornaram digitais e isso dificulta o acesso dos sindicatos aos locais de trabalho.
O grupo de trabalho de Saúde do Itaú foi criado há 9 meses e discutiu pontos importantes que interferem na vida do trabalhador como: retorno ao trabalho e abertura de CAT. O encontro dos funcionários do Itaú continua nesta quinta-feira (8).
Fonte Com informações da Contraf
Postado por Fernando Diegues em Notícias