Desrespeito
Direção da Caixa discrimina empregadas grávidas
A Caixa segue intransigente quanto à decisão de descomissionar trabalhadoras gestantes. Por meio de ofício, o movimento sindical cobrou do presidente da instituição, Gilberto Occhi, audiência para discutir a suspensão da prática considerada desumana e discriminatória, mas não obteve retorno. A resposta do banco partiu da área de negociação, limitando-se a argumentar que o normativo permite tal procedimento.
Retirar função de gestante e ainda esconder-se em normativos do banco para justificar tal prática odiosa e discriminatória reforça que a direção da Caixa se reconhece em figuras como o deputado federal Jair Bolsonaro [PSC-RJ], que defende estupro, tortura e afirma que as mulheres devem ganhar menos porque engravidam.
Parecem não levar em conta que as mães têm jornadas duplas, às vezes triplas de trabalho, tendo de cuidar dos filhos e da casa, além do emprego profissional, e ainda por cima enfrentam a humilhação de ganhar menos do que os homens.
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Que o normativo permite descomissionamentos de gestantes já é sabido. O movimento sindical quer uma audiência com o presidente da empresa justamente para discutir mudanças nesse normativo. Lembrando que o grupo de trabalho formado para discutir questões relativas a descomissionamentos arbitrários obteve poucos avanços devido à falta de vontade do banco em debater mudanças profundas.
O banco exige uma série de avaliações para a promoção na carreira, mas os descomissionamentos dependem de critérios arbitrários e, em alguns casos, unicamente da decisão pessoal do gestor. Essa injustiça precisa ser revista.
Fonte Com informações da Seeb SP
Postado por Fernando Diegues em Notícias