Antirracismo

Estado racista distanciou Brasil da paz

  • Compartilhe esse post
  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no WhatsApp
  • Compartilhar no Telegram
  • Compartilhar no Twitter
Estado racista distanciou Brasil da paz

Escritora negra Ana Cruz, destaca que campanha Julho das Pretas reafirma feminismo negro e luta antirracista no Brasil

Vivemos em um estado que distanciou o Brasil da possibilidade de ser uma república da paz. Essa é a opinião da escritora e poeta Ana Cruz, coordenadora do Movimento Cultural Mulheres Negras Construindo Visibilidade. Ana Cruz avalia que o Julho das Pretas reafirma as bandeiras de luta do movimento negro.

 

“São bandeiras como implementação de políticas de ação afirmativas; denúncias às violências e repressões praticadas pelas instituições do Estado. Também reafirma o feminismo negro interseccional e do quilombismo. Ambos tiveram suas bases teóricas e sociológicas construídas ao longo da década de 1980 por ativistas e intelectuais negras de vários lugares do país. Vale ressaltar que o Julho das Mulheres Negras também têm criado espaços importantes de reflexões sobre os rumos dos ativismos negro, e como os mesmos têm despertado a consciência individual e coletiva na perspectiva de uma construção mais hegemônica”, avalia Ana Cruz. O Julho das Pretas está em sua nona edição e visa mostrar mulheres negras como as maiores vítimas da violência, da pandemia, do racismo e do machismo no Brasil.

 

A escritora lembra que pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que 28% da população brasileira são compostas por mulheres negras. “São dados também que revelam a trágica realidade de uma imensa população que há séculos está exposta às diferentes formas de violência e mecanismo de exclusão dentro e fora das políticas públicas resultado com que o racismo e o sexismo incidem e estruturam a sociedade brasileira.

 

Ana Cruz ressalta que as batalhas das mulheres negras na maioria das vezes são tratadas sob indiferenças e descasos pela a sociedade racista brasileira. “Mesmo assim elas perseguem com toda convicção o objetivo de transformar o potencial desse enorme percentual estatístico negro num também contingente em que reside o poder de desestabilizar as engrenagens políticas e jurídicas que suportam os pilares do Estado racista, que há mais de quinhentos anos mata, aniquila e tenciona a existência de toda a comunidade negra. Este mesmo Estado também distanciou o Brasil da possibilidade de ser uma república da paz, sem os vícios antiéticos da colonização”, destaca.

 

História

O Julho das Pretas começou a surgir 1992, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) realizou na República Dominicana o 1º Encontro de Mulheres Afro-latinoamericanas e Caribenhas. No Brasil, o 25 de julho também é o Dia Nacional de Teresa de Benguela e da Mulher Negra. É uma referência à líder quilombola, que comandou a luta do quilombo de Quariterê, no século 18.

Fonte Contraf
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias

  • Compartilhe esse post
  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no WhatsApp
  • Compartilhar no Telegram
  • Compartilhar no Twitter
[Voltar ao topo]
X

Fale Conosco:

Você pode contar sempre, com o Sindicato, para isso estamos deixando, mais um canal de comunicação, com você. Envie informações, denúncias, ou algo que julgar necessário, para a Luta dos Bancários. Ou ligue para: (13) 3202 1670

Atenção: Todas as denúncias feitas ao sindicato são mantidas em sigilo. Dos campos abaixo o único que é obrigatório é o email para que possamos entrar em contato com você. Caso, não queira colocar o seu email pessoal, você pode colocar um email fictício.

Aguarde, enviando contato!