Bolsa banqueiro
Governo não tributa bancos e grandes fortunas, mas quer taxar livros
Projeto de tributação prevê 12% e faz parte da reforma fiscal de Paulo Guedes. Receita Federal diz que medida é porque ‘pobre não lê’, mas somente os ricos
Existe uma unanimidade entre profissionais de educação e no meio acadêmico. Os brasileiros leem muito pouco e é preciso despertar esta prática, especialmente nas novas gerações. Todos sabem desta necessidade urgente. Mas o Governo Bolsonaro parece ser contra a ideia de tornar o povo brasileiro letrado e bem informado: a Receita Federal publicou um documento em que defende a taxação de livros com o argumento de que “os pobres não leem”.
Entretanto, o que a grande imprensa não divulga sobre o assunto é que este projeto de tributar as produções gráficas em 12% não é meramente um planejamento da Receita, mas faz parte do projeto de reforma fiscal e econômica do ministro da economia, Paulo Guedes. Pelo visto os diretores da Receita Federal quiseram apenas bajular o chefe, arrumando um argumento pífio para mais uma reforma contra o povo brasileiro.
Por outro lado tem a Bolsa Banqueiro
Durante a pandemia, o governo federal reduziu de 20% para 15% a alíquota de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido dos bancos, uma perda de pelo menos R$4 bilhões na arrecadação da União, levando-se em consideração apenas as quatro maiores instituições financeiras do país: Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil. Além disso, o Banco Central concedeu R$1,2 trilhão ao sistema financeiro nacional, para “dar liquidez ao setor”, segundo palavras do próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que trabalhou como executivo do Santander por 14 anos antes de se tornar presidente do BC em 2018.
Paulo Guedes, rentista do sistema financeiro e ex-banqueiro, não quer tributar os seus colegas banqueiros e a sí próprio, mas quer levar tributos sobre produtos e serviços, incluindo livros. Pratica no Brasil o sistema ultraliberal que ajudou a implantar no regime ditatorial do General Augusto Pinochet, no Chile, na década de 70, que não deu certo e até hoje leva ao suicídio idosos - que não tem uma aposentadoria digna - além de retirar direitos e jogar os trabalhadores chilenos na miséria, infelizmente o que acontece hoje no Brasil.
Fonte Comunicação do SEEB de Santos e Região com SEEB do RJ
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias