HSBC obtém lucro mundial de US$ 6,8 bilhões no primeiro trimestre

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HSBC obtém lucro mundial de US$ 6,8 bilhões no primeiro trimestre

O HSBC alcançou no primeiro trimestre deste ano o lucro global de US$ 6,8 bilhões. O valor superou a expectativa dos investidores que era 25% menor, US$ 5,8 bilhões. 

O resultado, no entanto, podia ter sido maior se o banco não tivesse colocado em prática uma estratégia que inclui economia de custos e fechamento de 14 mil postos de trabalho desde o ano passado, como parte da investida pelo aumento da lucratividade promovida por seu principal executivo, Stuart Gulliver. 

Os números, foram alcançados com o chamado ganho de eficiência e redução de despesas, o que significa diminuição de pessoal. O que temos presenciado é uma grande quantidade de demissões e isso compromete a qualidade do serviço aos clientes e a qualidade de vida dos trabalhadores, cada vez mais pressionados para o cumprimento de metas abusivas.

No Brasil, as condições de trabalho não são diferentes. O peso da diminuição das despesas recai também sobre os trabalhadores, piorando cada vez mais as condições de trabalho no país. O movimento sindical tem recebido denúncias de inúmeras situações como agências sem tesoureiro, redução do número de caixas e agências funcionando sem a presença de gerente administrativo, ocasionando um grande acúmulo de funções e tarefas. 

Quanto à retração da carteira de crédito, podemos afirmar que não é em razão da inadimplência, mas sim em razão da necessidade de aumento de capital próprio para garantir a alavancagem do HSBC no Brasil, de acordo com as normas do acordo Basiléia 2.

Outro problema é que a média de provisionamento do HSBC é de até duas vezes maior do que dos demais bancos, o que acaba por diminuir o lucro líquido divulgado e por vezes comprometendo a PLR dos funcionários. Esta é uma política mais do que conservadora da empresa.

Assim, o funcionário do HSBC acaba sendo pressionado de todos os lados. Ao mesmo tempo em que o bancário é cobrado para cumprir metas abusivas, o banco possui uma política que é restritiva no financiamento. Assim, o trabalhador faz seu papel, mas na hora de concluir a operação de crédito o banco nega o financiamento ao cliente, o que acaba impactando também negativamente no programa de remuneração variável para a área gerencial, o PSV. 

América Latina

Na América Latina, o lucro antes de impostos do HSBC alcançou US$ 604 milhões no primeiro trimestre, o que significa 11% superior ao registrado em igual período do ano passado. Em relação aos custos, o banco disse que conseguiu uma redução de gastos de US$ 60 milhões na região. Também cortou 3 mil postos de trabalho, o que é lamentável. 

Maior lucro fora da Europa e América do Norte

O HSBC, que obtém mais de 75% de seus lucros fora da Europa e da América do Norte, se recuperou mais solidamente da crise financeira de 2008 do que muitos de seus concorrentes, ajudado por sua presença em mercados emergentes de crescimento mais acelerado.

O banco pretende também elevar o retorno sobre o patrimônio para mais de 12% até o fim de 2013. O retorno sobre o patrimônio, indicador fundamental da lucratividade, ficou em 6,4% embora em termos ajustados tenha ficado mais próximo de 11%.

Fonte contraf
Postado por Fabiano Couto em Notícias

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