#Alerta
Idosos devem fazer recadastramento no BPC até 31 de dezembro
Pessoas com deficiência e idosos de baixa renda que recebem da Previdência o Benefício de Prestação Continuada (BPC) precisam ficar atentos: se não se recadastrarem até o fim do ano podem perder o direito, segundo ameaça o governo de Michel Temer.
Em todo o Brasil são 4,5 milhões de idosos e pessoas com deficiência que recebem o BPC – um salário mínimo mensal (R$ 937). Para ter direito ao benefício é necessário que a renda familiar por pessoa seja menor que um quarto do salário mínimo. "Esse benefício não resolve a vida de ninguém, mas ele faz com que as pessoas tenham, minimamente, a possibilidade de se alimentar, então acaba sendo um arrimo para a família", afirma Flavio Henrique de Souza, do Fórum Regional de Pessoas com Deficiência.
O problema é que, sem fazer campanha de esclarecimento, o governo federal deu prazo até 31 de dezembro para que os idosos façam um recadastramento. As pessoas com deficiência, que são a maioria dos que recebem o BPC, deverão fazer o recadastramento no ano que vem.
Remígio Todeschini, especialista em Previdência Social, alerta na reportagem que falta campanha informativa nos meios de comunicação de massa sobre a revisão e quem não se recadastrar pode perder o benefício. "As atualizações cadastrais na Previdência e Assistência Social sempre são anuais. Agora, sendo feito de forma abrupta pelo atual governo, sem dar nenhum aviso, isso corresponde a um ataque a esse direito. A obrigação de fazer uma propaganda massiva seria do governo federal", afirma.
O recadastramento pode ser feito nos postos do Cadastro Único do programa Bolsa Família ou nos Centros de Referência da Assistência Social (Cras). É necessário levar os documentos originais de identidade e CPF.
Para Todeschini, o recadastramento sem divulgação é pretexto para o corte do benefício. “O interesse do governo é fiscalista, ou seja, cortar o benefício para diminuir sua conta. Eles jogam falsamente em cima da questão das fraudes, uma desculpa esfarrapada para fazer corte de benefícios.”
Fonte Rede Brasil Atual
Postado por Fabiano Couto em Notícias