Nesta quarta-feira, 30/6, será protocolado em Brasília o que se convencionou chamar de “Superpedido” de Impeachment de Bolsonaro. A novidade da iniciativa é a unificação de 120 pedidos que foram protocolados na Câmara dos Deputados apontando crimes de responsabilidade do presidente desde o início do seu mandato.

O “superpedido” é assinado pela Intersindical Central da Classe Trabalhadora (central a qual o Sindicato dos Bancários de Santos e Região é filiado)  e mais de 700 outras entidades, uma unidade nunca vista antes em torno da Campanha Fora Bolsonaro. A Intersindical já havia em maio do ano passado entrado com um pedido com o mesmo caráter. No entanto, o agravamento da política genocida de Bolsonaro tem conseguido agrupar outros setores sociais e políticos para a agenda do impeachment.

Há pelo menos dois fatores que aumentam a viabilidade do afastamento do presidente.

Primeiro, as fortes manifestações ocorridas nos dias 29 de maio e 19 de junho, nas quais centenas de milhares de pessoas saíram às ruas em apoio ao impedimento de Bolsonaro.

O segundo fator são denúncias feitas pelo Deputado Luís Miranda e o servidor do Ministério da Saúde Ricardo Miranda na CPI da Pandemia. Nelas, os irmãos Miranda acusam Bolsonaro de omissão em relação à irregularidades na compra e liberação da Covaxin, vacina de origem indiana. Uma trama que envolveu ainda o líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP/PR).

A entrega do “Superdido” de Impeachment no Congresso Nacional nesta quarta também contará com um ato público na capital no final da tarde. O secretário-geral da Intersindical, Edson Carneiro Índio, estará presente na entrega do pedido.

No próximo sábado, 3/7, a Campanha Fora Bolsonaro convocou um novo dia nacional de manifestações com a previsão de ampliar ainda mais a participação em relação aos dois protestos anteriores.