Seminário sobre Reforma da Previdência
Intersindical destaca necessidade de unidade de luta
A Intersindical Central da Casse Trabalhadora marcou presença no Seminário “Reforma da Previdência, Desafios e Ação Sindical”, promovido pelo Dieese, em São Paulo, no Sindicato dos Padeiros. Na abertura (terça, 7), todas as centrais sindicais fizeram suas saudações. O evento termina nesta quarta-feira (8).
Ricardo Saraiva Big, secretário de Relações Internacionais da Intersindical, defendeu vigorosamente a unidade do movimento sindical e social na luta contra o desmonte da Previdência.
“Tem que ter humildade para construir uma greve geral no país, temos que chamar MTST, MST, e o que ainda há de vigor na luta do povo. Se ficarmos na arrogância de brigar pela data que queremos, se a gente não tiver unidade numa única data, seremos todos derrotados”.
Big lembrou que no dia 15 de março os trabalhadores da educação vão parar e provocou os representantes das centrais a aderirem à greve geral neste dia. “Quem bateu panela no país vai ficar com as panelas vazias”, afirmou.
Na primeira mesa de discussões, ‘Atribuições e Fontes de Previdência’, o consultor Luciano Fazio enfatizou que a previdência social tem outras fontes de financiamento além das contribuições diretas, e que ela foi pensada como forma de equilíbrio econômico e social.
“O caráter contributivo não é tudo na previdência. A Constituição Federal de 1988 se baseia no caráter social. É uma lógica perversa dizer que a previdência seria paga por cada um segundo a sua contribuição, como se fosse uma poupança individual. A previdência pública é um amparo de proteção social para momentos .”
Para Vilson Antônio Romero, da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), o governo Temer está aplicando uma ditadura demográfica com base em parâmetros europeus de países de primeiro mundo para justificar a reforma da previdência no Brasil.
Em 12 meses, R$ 120 bilhões serão desvinculados com o aumento da DRU (Desvinculação das Receitas da União) em 30%. As renúncias fiscais, só em 2016, ficaram em R$ 69,7 bilhões e a dívida ativa consolidada está em R$ 374 bilhões”.
“Sobra dinheiro no conjunto de financiamento da seguridade social. Há teto para arrolar a dívida pública? Não! Só para os programas sociais”, ressaltou.
Fonte Intersindical - Central da Classe Trabalhadora
Postado por Fernando Diegues em Notícias