Discriminação dos mais experientes

No Itaú, os mais velhos não têm vez e ainda falam em respeito na TV

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No Itaú, os mais velhos não têm vez e ainda falam em respeito na TVDivulgação

Os bancários de mais idade representam uma fatia cada vez menor do quadro de pessoal no banco Itaú, que tem uma campanha de marketing falando em respeito

Diversidade é um tema bastante discutido nos dias de hoje em nossa sociedade, fruto do avanço da pauta identitária.


Garantir os direitos e a representação de mulheres, negros, LGBTQIA+, portadores de deficiências, indígenas, entre outros, tem sido tema constante e faz parte do balanço social dos bancos, como demonstração de uma responsabilidade social que sabemos que fica muito mais no discurso do que na prática e que só funciona como peça de marketing, como por exemplo, a atual campanha do Itaú , no horário nobre, falando de um respeito que passa muito longe da realidade dos bancários.


Prova disso é o tratamento dado pelos bancos aos bancários mais experientes.


Caso do Itaú, por exemplo: basta percorrer algumas agências para se constatar que a diversidade geracional não está na agenda do banco. Os bancários de mais idade representam uma fatia cada vez menor do quadro de pessoal.


Enquanto grandes empresas vêm apostando na experiência profissional e maturidade dos trabalhadores acima dos 40 anos, os bancos desprezam essa mão de obra qualificada, demitindo esses trabalhadores de maneira impiedosa.


Apostar na renovação é sempre importante, mas o equilíbrio entre experiência e juventude é uma fórmula consagrada no mundo todo.


O resultado dessa discriminação é uma perda de memória profissional, conhecimento acumulado e desperdício de talentos por um lado e por outro, o aumento do adoecimento dos bancários de mais de 40 anos que pressentem não fazer mais parte dos planos do banco e se veem ameaçados, depois de anos de dedicação e numa situação em que são considerados velhos para o mercado de trabalho, em especial no setor financeiro, e muito novos pra se aposentar, visto que a reforma da previdência do governo Bolsonaro liquidou a possibilidade de aposentadoria por tempo de contribuição, impôs a idade mínima e transformou a aposentadoria de milhões de trabalhadores, bancários incluídos, em um sonho distante.


Entre as muitas lutas que a categoria vai precisar travar, a diversidade geracional será uma das mais importantes por representar o anseio de uma parcela que tem uma história de vida nos bancos.

Fonte SEEB do RJ
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias

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