Toda a diretoria do Sindicato dos Bancários de Santos e Região paralisou a agência do HSBC/Centro de Santos, na rua João Pessoa, 12, dias 27 e 28, por 24h. A atividade foi realizada depois das denúncias e o testemunho de uma diretora do Sindicato dos Bancários de Santos e Região de que duas funcionárias e um funcionário foram colocados em cárcere privado dentro de uma sala e no cofre do banco, enquanto eram aterrorizadas e interrogadas por funcionários do banco inglês, especialmente deslocados para fazer este tipo de serviço criminoso.
“Colocamos cartazes, carro de som e uma cadeia na frente da agência com diretores caracterizados de presidiários para denunciar o crime de cárcere privado com interrogatório contra os bancários do HSBC”, afirma Ricardo Saraiva Big, Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Os três funcionários (as) foram de início pressionados a delatar irregularidades em relação aos colegas e depois acusados de fraudes sem provas e demitidos por justa causa, porém sem justificativa.
O departamento jurídico do Sindicato registrou boletim de ocorrência e está tomando as medidas judiciais cabíveis contra o banco e seus “capangas”.
Funcionários explicam o terror dentro do cofre e na sala
Uma funcionária, que não vamos identificar, disse que foi colocada dentro do cofre enquanto um funcionário do banco, que ela nunca viu, passou a interrogá-la para que ela apontasse quem tinha realizado irregularidades dentro da agência ou mesmo que assumisse a culpa pelo que ela não tinha feito. “Fui salva, depois de quase 25 minutos de terror, porque quando a porta do cofre abriu eletronicamente, para que retirassem dinheiro, uma diretora do Sindicato dos Bancários, que acabava de chegar na unidade, me viu lá dentro presa”, diz a funcionária. “No cofre não é possível ficar por muito tempo, porque pode faltar ar, até agora estou nervosa (depois de vários dias)”, finaliza.
Outro funcionário foi trancado dentro de uma sala e constrangido pelo mesmo interrogatório na tentativa de força-lo a delatar alguém, ambos afirmaram que se o Sindicato não tivesse chego ao local e exigido que abrissem as portas e terminasse com o cárcere, muito outros colegas teriam e mesmo fim. A terceira bancária está em choque com depressão e não quer sair de casa depois do trauma dentro do HSBC.