PIB cai
'Prévia do PIB' volta a indicar queda em maio, diz Banco Central
Atividade econômica recuou 0,43% em maio deste ano, segundo o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br). Mercado estimava alta de 1,05% para o mês
A atividade econômica caiu 0,43% em maio deste ano, segundo o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central divulgado nesta quarta-feira (14). O índice avalia o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses e é considerado uma "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB).
O resultado é em comparação com abril deste ano e foi calculado após ajuste sazonal – uma espécie de "compensação" para comparar períodos diferentes.
A queda registrada não era esperada pelo mercado, que previa crescimento de 1,05%. A baixa também interrompe uma sequência de alta, iniciada em abril, quando a atividade econômica voltou a reagir e cresceu 0,85% (valor revisado), segundo o índice do BC.
Em março deste ano, a atividade caiu 1,61%, interrompendo uma sequência de dez meses de crescimento.
Outras comparações
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o Índice de Atividade Econômica teve crescimento de 14,21% em maio, informou o Banco Central.
Já no acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, o índice registra expansão de 6,60% - sem ajuste sazonal. Em 12 meses até maio de 2021, houve alta de 1,07% – também sem ajuste sazonal.
PIB x IBC-Br
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial é divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os resultados do IBC-Br são considerados uma "prévia do PIB". Porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do Produto Interno Bruto.
O cálculo dos dois é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE).
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país, a Selic. Com o maior crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria mais pressão inflacionária, o que demandaria alta na Selic.
Escrito por: Jéssica Sant'Ana
Fonte G1 Brasília
Postado por Gustavo Mesquita em Notícias